Grupo reúne as 20 maiores economias do mundo, e Brasil voltará a presidi-lo em dezembro. Paraguai e Uruguai comandarão Mercosul em 2024. O Ministério das Relações Exteriores informou, nesta sexta-feira (10), que o Brasil convidou o Paraguai e o Uruguai a integrarem o G20 de forma temporária.
O grupo reúne as 20 maiores economias do mundo, e o Brasil voltará a presidi-lo a partir de dezembro deste ano – o país já comandou o G20 em 2008.
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A presidência do grupo é rotativa, ou seja, cada país integrante comanda o G20 por um determinado período (a presidência do Brasil vai de dezembro deste ano a novembro de 2024).
“No espírito de promover perspectiva mais representativa dos países em desenvolvimento, em particular dos parceiros do Mercosul, em foros internacionais, o Brasil convidou o Paraguai e o Uruguai a participarem do G20 durante a presidência brasileira em 2024”, informou o Itamaraty.
Lula vai ao Uruguai para tentar preservar o Mercosul
Ao lado de Brasil e Argentina, o Paraguai e o Uruguai integram o Mercosul. E os dois países comandarão o bloco econômico em 2024 – também em formato de presidência rotativa.
O presidente Lula tem defendido o que chama de “renovação” do Mercosul e chegou a viajar ao Uruguai, em janeiro deste ano, para evitar que o país fechasse diretamente um acordo com a China sem que a negociação envolvesse o bloco.
Paralelamente, o Mercosul negocia, desde 1999, um acordo comercial com a União Europeia e, nesta semana, os chamados “negociadores-chefes” do acordo se reuniram em Buenos Aires, na Argentina. Segundo o governo brasileiro, as negociações serão “intensificadas” a partir de agora.
Brasil no comando do G20
Em 2009, quando o Brasil presidia o G20, o grupo se reuniu em São Paulo.
Em discurso, o então presidente Lula cobrou dos países a adoção de medidas de preservação do emprego e da renda a fim de evitar o aumento da pobreza – o mundo enfrentava uma crise econômica causada pela recessão nos Estados Unidos.
Na ocasião, Lula também criticou quem contestava a presença do Estado na economia, mas recorria ao poder público justamente para evitar o colapso do sistema financeiro.
“Esta é uma crise global, e ela exige soluções globais. Este é o momento de formular propostas para uma mudança substantiva na arquitetura financeira mundial”, cobrou Lula à época.
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