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Ciclone Akará e “baixa fria” criam situação meteorológica inédita no RS

Ciclone Akará e “baixa fria” criam situação meteorológica inédita no RS

Enquanto a tempestade perdeu força em alto-mar, o vórtice ciclônico causou um tornado na cidade de Júlio de Castilhos

O Sul do Brasil tem encarado uma situação meteorológica atípica nos últimos dias. A região está sob influência de dois sistemas simultaneamente. Um ciclone tropical que se formou no Sudeste e avançou para o Sul ganhou força e se tornou uma tempestade, nomeada de Akará. Desde a última sexta-feira (16), um sistema de baixa pressão em níveis médios e altos da atmosfera se deslocou da Argentina e causou instabilidade no estado gaúcho.

De acordo com o MetSul, o vórtice ciclônico é conhecido como “baixa fria”, e não é considerado um fenômeno raro. Por outro lado, é inédito a simultaneidade de atuação de dois fenômenos incomuns: a tempestade tropical e a baixa fria.

Vale destacar que enquanto a baixa fria atua no continente e traz instabilidade com chuvas isoladas em grande parte da região, a tempestade Akará está perdendo força em mar aberto, sem grandes impactos em terra firme.

Segundo alerta da Marinha do Brasil nesta terça-feira (20), a tempestade perdeu força em algumas áreas, voltando ao estágio de depressão subtropical. No entanto, o fenômeno segue com ventos de até 70km/h e ondas de quatro metros.

Na tarde da última segunda-feira (19), a Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou que foi registrada a ocorrência de um tornado na cidade de Júlio de Castilhos, cerca de 349 km da capital Porto Alegre.

Segundo os meteorologistas da Sala de Situação do estado, a disponibilidade de calor e umidade – causadas pela passagem da baixa fria – foram fatores responsáveis pelo desenvolvimento de tempestades isoladas no território gaúcho. Ainda segundo a Defesa Civil, não foram reportados danos por conta dos ventos na região.

A condição atmosférica também favoreceu o desenvolvimento de instabilidades que ocasionaram temporais isolados. Nuvens funis foram vistas com o vórtice no Uruguai e na Argentina, segundo o MetSul. É importante destacar que a nuvem funil precisa tocar o chão para ser considerada um tornado.

O sistema de baixa fria deve influenciar o tempo nesta quarta-feira (21), especialmente no Paraná e em São Paulo. Por conta do vórtice, é possível a ocorrência de chuvas fortes e temporais isolados com chance de outras nuvens funis.

Fonte: CNN Brasil

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