Entregadores de aplicativos em todo o Brasil iniciaram nesta segunda-feira (31) uma paralisação de 48 horas, reivindicando melhorias nas condições de trabalho e reajustes na remuneração. O movimento, conhecido como “Breque dos Apps”, ocorre em 59 cidades, incluindo 18 capitais, e é liderado por associações e coletivos da categoria.
Entre as principais demandas dos trabalhadores estão:
Taxa mínima por entrega: estabelecimento de um valor mínimo de R$ 10 por corrida.
Aumento do valor por quilômetro rodado: reajuste de R$ 1,50 para R$ 2,50.
Limitação do raio de atuação para bicicletas: definição de um limite máximo de 3 km por entrega.
Pagamento integral por pedidos agrupados: garantia de remuneração completa quando múltiplas entregas são realizadas em uma única rota.
Os entregadores alegam que, há três anos, as plataformas não reajustam os ganhos, enquanto os custos de vida e manutenção dos veículos aumentaram significativamente. Eles destacam que despesas como combustível, alimentação e manutenção de motocicletas e bicicletas são custeadas integralmente pelos próprios trabalhadores.
A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa empresas como iFood, Uber e 99, afirmou respeitar o direito de manifestação e manter canais de diálogo com os entregadores. A entidade destacou que a renda média dos entregadores cresceu 5% acima da inflação entre 2023 e 2024.
A paralisação está prevista para continuar até terça-feira (1º), com atos programados em diversas cidades do país. Os organizadores esperam que a mobilização pressione as empresas de aplicativos a atenderem às reivindicações da categoria.