As chuvas na noite de sábado varreram grandes troncos de árvores e detritos das montanhas circundantes em Las Tejerias, a 67 quilômetros a sudoeste de Caracas. Criança em Las Tejerias, na Venezuela, em 10 de outubro de 2022
Leonardo Fernandez Viloria/Reuters
Equipes de resgate da Venezuela procuram mais de 50 pessoas desaparecidas por conta de inundações devastadoras que deixaram dezenas de mortos na cidade de Las Tejerias, no estado de Aragua após fortes chuvas no sábado.
As chuvas na noite de sábado varreram grandes troncos de árvores e detritos das montanhas circundantes em Las Tejerias, a 67 quilômetros a sudoeste de Caracas, causando prejuízos a empresas e plantações na região.
Pelo menos 36 pessoas morreram por conta das enchentes, e 56 continuam desaparecidas, disse Remigio Ceballos, vice-presidente da área de segurança cidadã, a jornalistas em Las Tejerias na segunda-feira.
As primeiras estimativas relataram pelo menos 25 mortos e 52 desaparecidos.
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De pé em frente ao que já foi sua casa de dois andares, antes que as inundações a destruíssem, Jennifer Galindez esperava notícias de seu marido, uma das pessoas dadas como desaparecidas depois que a água invadiu a cidade.
A enchente também matou sua jovem neta, disse ela.
“Meu marido estava na janela. Eu também não pude ajudá-lo e a água o levou embora”, disse Galindez, de 46 anos, acrescentando que seu marido José Segovia, 55, sofre de diabetes grave.
Galindez saiu para buscar ajuda em meio à chuva quando viu a água entrar em sua casa, antes que a enchente a levasse também.
“A água me levou”, disse ela, acrescentando que acabou encontrando refúgio em uma plataforma onde não havia correnteza.
Casas, lojas e outras instalações em Las Tejerias ficaram parcial ou totalmente cheias de lama e outros detritos foram carregados pela água. A área está atualmente sem eletricidade ou água potável.
Na segunda-feira, tratores foram vistos limpando estradas em Las Tejerias enquanto o sol brilhava após vários dias de chuva.
Embora Galindez tenha conseguido voltar para o que havia sido sua casa – meio enterrada na lama – ainda no sábado, através de um buraco na parede, ela viu que seu marido não estava em sua cama, enquanto sua neta Estefania Romero, com menos de 2 anos, tinha se afogado no sofá.
“Não consegui dormir”, disse Galindez. “Não consigo fechar os olhos porque é isso que vejo. Vejo minha neta, onde a coloquei. Deixei-a lá e não consegui tirá-la.”
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