O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, declarou nesta sexta-feira (4) que a Rússia continua sendo a principal ameaça à aliança militar. A afirmação ocorreu durante uma coletiva de imprensa após reunião com os ministros das Relações Exteriores dos países membros da Otan, em Bruxelas.
Durante o encontro, os ministros europeus responsabilizaram a Rússia por frustrar os esforços de paz dos Estados Unidos na Ucrânia e defenderam uma postura mais firme para pressionar Moscou a aceitar um cessar-fogo. Essa iniciativa busca persuadir o governo do presidente Donald Trump a adotar uma linha mais dura em relação ao Kremlin.
Paralelamente, a inteligência alemã alertou que a Rússia está se preparando para uma possível confrontação em larga escala com a Otan, indicando que o presidente Vladimir Putin não pretende limitar suas ações apenas à Ucrânia. Relatórios sugerem que, até o final da década, Moscou poderá estar em condições de travar uma guerra convencional contra a aliança.
Diante desse cenário, países como o Reino Unido têm reforçado sua presença militar em regiões estratégicas, como os países bálticos, para dissuadir possíveis agressões russas. O ministro das Forças Armadas britânico, Luke Pollard, destacou a eficácia do modelo de destacamento em nações como a Estônia, ressaltando sua importância tanto para a segurança local quanto para a do Reino Unido.
A Otan permanece vigilante e comprometida em garantir a segurança e estabilidade da região euro-atlântica, monitorando de perto as ações russas e buscando soluções diplomáticas para o conflito na Ucrânia.