Jovem morta no dia 16 foi presa por não usar o véu como as autoridades consideram correto. Presidente Ebrahim Raisi disse neste sábado que país lidará ‘de forma decisiva’ com protestos. À esquerda, Mahsa Amini, jovem morta após ser presa por não usar o véu da forma como o governo do Irã considera correto. À direita: protestos contra a morte da jovem.
Reuters
Ao menos 35 pessoas já foram mortas no Irã em protestos pelo caso de Mahsa Amini, jovem que foi presa pela polícia dos costumes do país por não usar o véu como as autoridades consideram correto.
Mahsa foi declarada morta no dia 16 deste mês, três dias após sua prisão.
Neste sábado (24), o presidente do Irã, Ebrahim Raisi afirmou que o país deve “lidar de forma decisiva com aqueles que se opõem à segurança e tranquilidade do país”, segundo informou a mídia estatal iraniana.
Os comentários de Raisi foram feitos em um telefonema de condolências à família de um agente de segurança esfaqueado até a morte na semana passada, durante uma manifestação, destacou a agência de notícias Reuters.
Na sexta-feira (23), comícios organizados pelo Estado ocorreram em várias cidades iranianas para combater os protestos contra o governo, e o exército prometeu enfrentar “os inimigos” por trás dos distúrbios.
Comício a favor do governo do Irã em Teerã, em 23 de setembro de 2022
Majid Asgaripour/Wana/Reuters
Início das manifestações
No Irã, mulheres fogem da polícia durante protesto.
Associated Press
Os protestos eclodiram no noroeste do Irã há uma semana no funeral de Mahsa Amini, uma mulher curda de 22 anos que morreu depois de entrar em coma após sua prisão pela polícia dos costumes.
Sua morte reacendeu a raiva por questões como restrições às liberdades pessoais no Irã, os rígidos códigos de vestimenta para mulheres e uma economia que vem sofrendo com as sanções.
As mulheres têm desempenhado um papel de destaque nos protestos, acenando e queimando seus véus. Segundo a Reuter, algumas cortaram o cabelo publicamente, enquanto multidões furiosas clamavam pela queda do líder supremo aiatolá Ali Khamenei.
Os protestos são os maiores a varrer o país desde as manifestações sobre os preços dos combustíveis em 2019, quando cerca de 1.500 pessoas foram mortas em uma repressão aos manifestantes. Foi o confronto mais sangrento da história da República Islâmica.
Prisões e represálias
Agências de notícias iranianas informaram neste sábado (24) que 739 manifestantes foram presos na província de Gilan, no norte do Mar Cáspio.
A conta do ativista no Twitter 1500tasvir, que tem 125 mil seguidores, disse que os canais de comunicação com a cidade de Oshnavih, no noroeste, foram cortados e os telefones fixos foram interrompidos.
Oshnavih foi uma das várias cidades no noroeste do Irã, onde vive a maioria dos 10 milhões de curdos do país, que realizaram uma greve na sexta-feira. O grupo de defesa dos direitos curdos Hengaw postou um vídeo que mostrava manifestantes no controle de partes da cidade na sexta-feira.
Protestos contra morte da jovem Mahsa Amini no Teerã, capital do Irã, no dia 21 de setembro.
Reuters
Em Istambul, na Turquia, mulheres também protestaram contra a morte de Mahsa Amini.
Reuters
Em Beirute, no Líbano, mulheres participaram de uma manifestação após a morte de Mahsa Amini no dia 21 de setembro de 2022.
Reuters
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