Na quinta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,49%, cotada a R$ 5,2094. Notas de dólar.
Hafidz Mubarak/Reuters
O dólar opera em alta nesta sexta-feira (7), após a divulgação dos dados de emprego dos Estados Unidos que podem influenciar na política monetária norte-americana.
Às 9h35, a moeda norte-americana subia 0,15%, vendida a R$ 5,2170. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,49%, cotada a R$ 5,2094. Com o resultado, passou a acumular queda de 3,42% na semana e no mês, e de 6,55% no ano frente ao real.
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O que está mexendo com os mercados?
Os Estados Unidos criaram 263 mil empregos em setembro. Com isso, a taxa de desemprego foi estimada em 3,5%, abaixo dos 3,7% do mês anterior. Foi o 21º mês consecutivo de abertura de vagas, com destaque para os setores de lazer e hospitalidade e de saúde.
O indicador é importante para investidores terem uma ideia da força da economia americana e projetar os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Se os dados mostrarem um mercado de trabalho ainda forte, a leitura tende a ser de que a instituição monetária precisará continuar firme no processo de aperto monetário, para esfriar a economia de forma a conter a inflação mais alta em décadas. O banco central dos EUA já subiu sua taxa de juros em 3 pontos percentuais desde março deste ano.
Investidores temem que altas muito intensas nos custos dos empréstimos nas principais economias leve a uma recessão global, o que tem aumentado a demanda por ativos seguros, como o dólar.
No cenário local, o primeiro turno das eleições surpreendeu os mercados positivamente, depois da formação de um Congresso mais à direita e de um desempenho melhor do que o esperado do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
O resultado aumentou a pressão para que o mais votado na primeira rodada do pleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), modere seu discurso e sua agenda econômica.
Mas os especialistas ponderam que os mercados domésticos podem ficar mais sensíveis aos desdobramentos eleitorais à medida que se acirre a disputa entre os dois.
Dados divulgados pelo IBGE mostram que as vendas do comércio caíram pelo terceiro mês seguido. Mas, na comparação com o ano passado, cresceram 1,6%.
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