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Presidente de Portugal pede perdão por declaração polêmica sobre pedofilia na Igreja


Marcelo Rebelo de Sousa disse que casos de vítimas de pedofilia em Portugal não lhe parecia ‘particularmente elevado’. Comissão independente do país apontou 424 casos de pessoas que sofreram abusos dentro da igreja católica portuguesa. Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal, em foto de 18 de março de 2020
Miguel Figueiredo Lopes/Pool via Reuters/Arquivo
O presidente português Marcelo Rebelo de Sousa pediu perdão nesta quinta-feira (13) às vítimas de pedofilia na Igreja Católica, por ter afirmado na terça que o número de vítimas não lhe parecia “particularmente elevado”.
“Nunca foi minha intenção ofender as vítimas, mas se algumas se sentiram ofendidas, peço perdão, porque não era meu objetivo”, declarou à imprensa o chefe de Estado de 73 anos, conservador e católico devoto.
Na terça-feira, uma comissão independente encarregada de investigar a pedofilia na Igreja apresentou um número provisório dos depoimentos coletados e validados de 424 vítimas.
A primeira reação do presidente causou alvoroço, o que levou Rebelo de Sousa a explicar que não quis subestimar o número de testemunhos, mas sim manifestar “o receio de que inúmeras vítimas, por medo, não tenham dado o seu testemunho”.
De acordo com a comissão independente, que deve entregar seu relatório final no final de janeiro, as testemunhas muitas vezes aludiram à existência de outras vítimas não declaradas. A comissão calcula que, no final, o número total de vítimas será “muito maior” do que os poucos depoimentos coletados.
O presidente da comissão, Pedro Strecht, acrescentou que o número total de agressores seria de várias “centenas”.
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