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Dívida pública recua pelo 3º mês seguido em setembro, e soma R$ 5,75 trilhões

Dívida pública recua pelo 3º mês seguido em setembro, e soma R$ 5,75 trilhões

Dívida é emitida pelo Tesouro para financiar déficit orçamentário do governo. Queda verificada em setembro está relacionada com alto volume de vencimentos de títulos públicos. A dívida pública brasileira recuou 0,5% em setembro deste ano e atingiu R$ 5,75 trilhões, informou nesta quarta-feira (28) a Secretaria do Tesouro Nacional. Em agosto, o endividamento estava em R$ 5,78 trilhões.
Esse foi o terceiro mês seguido de recuo da dívida pública. Em agosto, a queda foi de 0,4%.
A dívida pública federal é a contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, pagar as despesas do governo acima da arrecadação com impostos e contribuições.
Após a dívida ter aumentado 12% no ano passado, a expectativa do governo é de que o indicador feche 2022 com nova alta, em um patamar entre R$ 6 trilhões e R$ 6,4 trilhões.
Alto volume de vencimentos
De acordo com o Tesouro, a queda da dívida pública no mês passado está relacionada com alto volume de vencimentos de títulos públicos, no valor de R$ 186,4 bilhões.
Ao mesmo tempo, a instituição emitiu R$ 110 bilhões em agosto. Com isso, foi registrado um “resgate líquido”, acima do volume de emissões, de R$ 76,4 bilhões.
Já as despesas com juros somaram R$ 47,2 bilhões no período.
Cenário em setembro e outubro
“O mês de setembro foi marcado por fortes ajustes nos mercados externos, em decorrência dos esforços dos principais Bancos Centrais em conter a inflação [aumentando os juros]. Nos EUA, com inflação e mercado de trabalho ainda resilientes, os dirigentes do Fed fizeram discursos mais duros, reforçando as apostas em continuação das altas de juros”, informou o Tesouro Nacional.
Em outubro, ainda de acordo com o órgão, a persistência inflacionária nos Estados Unidos, aliada à instabilidade política no Reino Unido e às tensões geopolíticas globais (decorrentes da guerra na Ucrânia), aumentaram as preocupações com o risco de recessão global.

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