Nesta semana, a Coreia do Norte lançou um número recorde de mísseis, incluindo uma tentativa frustrada de míssil intercontinental nesta quinta-feira. Representantes das forças armadas da Coreia do Sul e dos EUA em base na cidade de Maryland
Mandel Ngan/REUTERS
As Forças Armadas da Coreia do Sul mobilizaram nesta sexta-feira (4) caças de combate “furtivos” depois de detectar a atividade de 180 aviões de guerra norte-coreanos, no momento em que Seul participa de grandes manobras militares conjuntas com os Estados Unidos.
As Forças Armadas sul-coreanas “enviaram 80 aviões de combate, incluindo o F-35A furtivo”, afirmou o Estado-Maior Conjunto.
Nesta semana, a Coreia do Norte lançou um número recorde de mísseis, incluindo uma tentativa frustrada de míssil intercontinental nesta quinta-feira.
Homens olham para uma cerca militar decorada com fitas com mensagens desejando a reunificação das duas Coreias
Kim Hong-Ji/REUTERS
Em resposta aos disparos do regime comunista, Seul e Washington prolongaram até sábado as manobras conjuntas, os maiores exercícios militares já realizados pelos dois países.
“Nossas forças militares detectaram quase 180 aviões de guerra norte-coreanos” mobilizados no espaço aéreo de Pyongang, informou o Estado-Maior conjunto sul-coreano, que decidiu enviar os caças.
“Escolha equivocada e perigosa”
Sirenes de alerta soam no Japão enquanto a Coreia do Norte lança mísseis
Pouco depois do anúncio na quinta-feira da decisão de prorrogar as manobras militares entre Estados Unidos e Coreia do Sul, o regime de Pyongyang lançou três mísseis balísticos de curto alcance e afirmou que a ampliação dos exercícios era uma “escolha equivocada e muito perigosa”.
Horas depois, Coreia do Norte executou 80 disparos de artilharia em uma “zona de amortecimento” marítima.
Os disparos foram uma “clara violação” do acordo de 2018 que estabeleceu esta zona de fronteira fora das hostilidades entre os países, afirmou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.
Moradores de Seul passam diante de TV que noticia lançamento de míssil balístico internacional da Coreia do Norte, em 3 de novembro de 2022.
Heo Ran/ Reuters
Os tiros de artilharia aconteceram depois que a Coreia do Norte lançou, entre quarta-feira e quinta-feira, quase 30 mísseis, incluindo um que caiu perto das águas territoriais da Coreia do Sul, um fato sem precedentes desde o fim da guerra da Coreia em 1953.
O presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol afirmou que o lançamento representou uma “invasão territorial de fato”.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmou que o disparo do míssil intercontinental era “ilegal e desestabilizador”.
Uma bandeira norte-coreana na vila de Gijungdong, na Coreia do Norte, vista da vila fronteiriça de Panmunjom, na Zona Desmilitarizada, Coreia do Sul, em julho de 2022
Kim Hong-ji/Pool Photo via AP
Os lançamentos da Coreia do Norte acontecem no momento em que a Coreia do Sul está em um período de luto nacional após a morte de mais de 150 pessoas em um tumulto durante uma festa no sábado passado em Seul.
As “provocações” de Pyongyang, “em particular durante nosso luto nacional, são atos contra a humanidade e contra o senso humanitário”, afirmou nesta sexta-feira Lee Hyo-jung, porta-voz do ministério da Unificação.
Protesto contra exercício militar
Um posto de guarda norte-coreano é visto nesta foto próxima a zona desmilitarizada das duas Coreias
Kim Hong-Ji/REUTERS
Analistas afirmam que Pyongyang intensificou os testes e lançamentos de projéteis em protesto pelas manobras militares de Seul e Washington, que alertam que o regime de Kim Jong Un está preparando o sétimo teste nuclear da história do país.
O atual exercício aéreo “Tempestade Vigilante” é uma “manobra militar agressiva contra a República Popular Democrática da Coreia”, afirmou o regime norte-coreano, que ameaça Seul e Washington a “pagar o preço mais horrível da história”.
Além de prorrogar a operação até sábado, o exército sul-coreano anunciou para a próxima semana o exercício Taegeuk, uma manobra anual para “melhorar o desempenho da transição em tempo de guerra”.
Este exercício de simulação por computador pretende reforçar “a capacidade de realizar missões práticas em preparação para várias ameaças, como as armas nucleares, os mísseis e as recentes provocações da Coreia do Norte”, destacou o exército.
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