Taxa de juros está em 13,75% ao ano, e integrantes do governo têm dito que há margem para BC baixar Selic. Comitê do Banco Central que define patamar se reunirá na próxima semana. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante sessão no Senado
Adriano Machado/Reuters
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (14) um convite para que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dê explicações sobre a atual taxa básica de juros da economia, a Selic.
Por se tratar de um convite da comissão e não uma convocação, Campos Neto não é obrigado a comparecer. Entretanto, nesses casos, convidados costumam atender ao pedido para não criar um mal-estar com senadores.
A aprovação do requerimento acontece em meio a diversas críticas de integrantes do governo à Selic.
O próprio presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, têm afirmado que há espaço para o BC reduzir a taxa. Eles avaliam que a taxa de em patamar elevado dificulta investimentos no país e inibe a retomada da economia.
A Selic está atualmente em 13,75% ao ano, e o Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá na semana que vem para definir se mantém a taxa no atual patamar; se reduz; ou se aumenta.
Segundo o blog do Valdo Cruz no g1, a tendência é de que o Copom mantenha a Selic em 13,75%, mas sinalize um corte na taxa no futuro próximo.
Como presidente do Banco Central, Campos Neto integra o Copom, órgão responsável pela definição da Selic. Não cabe a ele, sozinho, definir a taxa, mas o presidente do BC vota dentro do colegiado.
A definição da Selic está relacionada ao controle da inflação. Isto é, se a inflação está em alta, acima da meta, o Copom tende a aumentar a Selic. Se a inflação está em linha com a meta, o Copom tende a reduzir a taxa.
Roberto Campos Neto tem afirmado que o Banco Central “não gosta de juros altos” e não age de maneira política.
A sessão
Antes da votação, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) disse não ver necessidade do convite a Campos Neto, uma vez que, ao menos duas vezes por ano, o presidente do BC tem de ir ao Congresso prestar esclarecimentos.
O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), respondeu que, embora Campos Neto tenha sido “sempre solícito” no atendimento a demandas do Senado sobre a taxa de juros, a assessoria técnica da CAE informou ser necessário votar o requerimento.
Durante a discussão, o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) defendeu a aprovação do convite ao presidente do BC, acrescentando que Campos Neto tem gerido “bem” o Banco Central mesmo diante do que chamou de “mares turbulentos” da economia.
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