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Lula prega estabilidade e fim de privatizações para receber investimentos

Lula prega estabilidade e fim de privatizações para receber investimentos

O presidente Lula (PT) participou nesta segunda-feira (24) do Fórum Empresarial de Portugal e fez críticas ao governo anterior e às privatizações.

O que Lula disse:
Lula afirmou que o Brasil voltou a ter relações bilaterais com outros países. Quando falamos que o Brasil voltou, é porque o Brasil esteve afastado do mundo praticamente durante seis anos. Durante seis anos, o nosso país foi recusado por outros países e outros países também recusavam o Brasil. Vocês se lembram que o Brasil não recebia nenhum presidente e o nosso presidente não viajava para nenhum país, porque ninguém tinha nenhum interesse em conversar com pessoas que não se comportavam de forma civilizada”.

Ele também disse que o país voltou a ter diálogo.
Quando nós falamos e queremos dizer que o país voltou, [é porque voltou] a ter um governo que trabalha e dialoga com a sociedade, com o mundo todo, e constrói o futuro do país. Apenas em três meses deste ano, investimos mais em educação do que o governo passado em 2022. Apenas esse ano, vamos investir na área da infraestrutura R$ 400 milhões o que significa quatro vezes do que foi investido em quatro anos do outro mandato. Ou seja, significa que nosso país ficou parado, significa que nosso país não andou, significa que o nosso país não fez aquilo que qualquer presidente ou qualquer governo tem de fazer, que é estabelecer relações, convencer as pessoas da importância e qualidade do Brasil”.

Para que um presidente da República possa visitar outros países e atrair capital externo, o país tem que ter três componentes: primeiro, o presidente tem que oferecer estabilidade política, estabilidade social e estabilidade jurídica. Essa é uma coisa sem a qual nenhum investidor vai colocar dinheiro em outro país. Se você não tiver estabilidade social, estabilidade social e estabilidade jurídica, ninguém vai colocar um centavo no seu país”.

Para Lula, as privatizações não trouxeram resultados.
A segunda coisa que você precisa colocar para convencer as pessoas é credibilidade, e você só tem se você tiver relação direta com as pessoas. No Brasil, nós não vamos vender empresas públicas. O que nós queremos é convidar os empresários a fazerem parcerias conosco naquilo que a gente precisa criar de novo. No Brasil, nos últimos seis anos, se vendeu muito patrimônio público não para construir outro patrimônio ou outro ativo, se vendeu para simplesmente pagar juros da dívida pública. Ou seja, nós desfizemos do nosso patrimônio, nosso patrimônio ficou menor e a qualidade do serviço não melhorou”.

Eletrobras foi citada como exemplo.
Privatizamos a nossa maior empresa de energia elétrica, que era a Eletrobras. Quando essa empresa foi vendida, a primeira coisa que a diretoria da empresa fez foi aumentar o próprio salário de R$ 60 mil para R$ 300 mil. Se você quiser ver apenas um absurdo, eu agora tenho que indicar um conselheiro para essa empresa. O conselheiro dessa empresa, trabalhando uma vez por mês, ganha R$ 200 mil. Isso é apenas uma demonstração da desfaçatez do que aconteceu no Brasil nesses anos de obscurantismo”.

Críticas à taxa de juros. Nós temos um problema no Brasil, primeiro-ministro, que Portugal não sei se tem, é que a nossa taxa de juros é muito alta, é muito alta. No Brasil, a taxa Selic, que é a taxa referencial, está 13,75%. Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%. Ninguém”.

Esforço pela paz e fim da guerra entre Rússia e Ucrânia

Presidente defendeu que o Brasil precisa ter protagonismo internacional.
“O Brasil está de volta para ser protagonista internacional. É por isso que estou me dedicando em tentar parar de falar em guerra e construir a paz para que a gente possa produzir para a humanidade viver melhor”.

Fonte: uol

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