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Cidade do Rio de Janeiro registra maior aumento de casos de dengue em quase 10 anos

Cidade do Rio de Janeiro registra maior aumento de casos de dengue em quase 10 anos

Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina contra a doença ao Sistema Único de Saúde na tarde de quinta-feira (21)

O número de casos de dengue no Rio de Janeiro aumentou 457% em 2023, em comparação com o ano anterior, conforme a última atualização do painel do Observatório Epidemiológico da Prefeitura do Rio de Janeiro, divulgado nesta segunda-feira (18).

Esse é o maior aumento percentual desde a epidemia de dengue de 2015, quando o número de casos aumentou 679% em relação ao ano anterior.

A doença pode causar sintomas graves, como febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas e vômitos. Em alguns casos, a dengue pode levar à morte. Há pouco mais de uma semana para o encerramento de 2023, a capital fluminense já registrou 21.396 casos de infecção pelo mosquito Aedes aegypti, se comparado com o ano anterior com 4.672 casos.

Cinco óbitos foram constatados para casos de dengue em 2023 na cidade do Rio de Janeiro.

Outras regiões
O Ministério da Saúde divulgou, em 8 de dezembro de 2023, que Minas Gerais e Espírito Santo estão sob alerta de epidemia de dengue. A projeção para 2024 é de aumento de casos nas duas regiões, assim como no Centro-Oeste, Paraná e Nordeste.

O governo federal afirma que está monitorando constantemente o cenário das arboviroses no Brasil. Tradicionalmente, com o início do período das chuvas e das altas temperaturas, o número de casos de dengue, chikungunya e zika tende a aumentar.

Em São Paulo, a capital atingiu a marca de 10 mortes causadas por dengue, o maior número desde 2015. A Secretaria Municipal de Saúde afirma que as ações de combate à doença são fortes e constantes.

A Anvisa aprovou, em 20 de julho de 2023, o uso da vacina contra a dengue no Brasil. A incorporação da vacina na rede pública de saúde é de competência do Ministério da Saúde.

Previsões para 2024
O Ministério da Saúde vai investir R$ 256 milhões em ações de combate às arboviroses, como dengue, chikungunya e zika. Os recursos serão destinados às secretarias estaduais e municipais da saúde para compras de testes, remédios e equipamentos.

O ministério também vai instalar a Sala Nacional de Arboviroses, um espaço permanente para monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência dessas doenças. O objetivo é preparar o Brasil para uma alta de casos nos próximos meses.

A estimativa preocupante das autoridades está atrelada a dois fatores: os efeitos do El Niño e as mudanças climáticas, que causam chuvas e calor acima da média, e a confirmação da circulação da dengue tipo 3, que não havia registro de casos no país há 15 anos.

Vacina no SUS
O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (21) a incorporação da vacina contra a dengue ao SUS. A vacina, chamada Qdenga, é o primeiro imunizante contra a doença a ser oferecido em um sistema público de saúde universal.

A vacina será disponibilizada inicialmente para um público-alvo prioritário, que será definido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI). A previsão é que sejam entregues 5,082 milhões de doses em 2024.

O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. A vacina é indicada para pessoas de 4 a 60 anos de idade, independentemente de exposição prévia ao vírus.

*Sob supervisão de Bruno Laforé

Fonte: CNN Brasil

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