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Adaptação de cédulas para pessoas com deficiência visual avança na Câmara

Adaptação de cédulas para pessoas com deficiência visual avança na Câmara

Matéria determina que sejam adotados meios para identificação de valor e verificação de autenticidade; texto passará por duas comissões

Um projeto de lei em discussão na Câmara dos Deputados pode obrigar a Casa da Moeda a adaptar cédulas e moedas de real para pessoas com deficiência visual. A matéria, que altera a Lei 4.510/64, prevê que sejam adotados meios para identificação de valor e verificação de autenticidade dos itens.

O projeto foi aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara e ainda será analisado por duas comissões: Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

“Apesar dos custos mais elevados, é importante considerar os benefícios de longo prazo da fabricação de cédulas e moedas adaptadas. Elas promovem a inclusão financeira e a autonomia das pessoas com deficiência visual”, afirmou o relator, deputado Florentino Neto (PT-PI).

Atualmente, as cédulas e moedas possuem tamanhos e espessuras diferentes, conforme o valor. Também há utilização de marcas de relevo para identificação.

No texto original do projeto de lei 10565/18, o deputado Diego Andrade (PSD-MG) propunha a descrição dos valores em braile nas cédulas.

O voto do relator destaca, porém, que a perfuração típica para gravação em braile “abrevia a vida útil da cédula, ao torná-la mais suscetível a rasgos na região perfurada, o que prejudica a manutenção de seu valor para transações por tempo minimamente razoável”.

O deputado acrescenta dizendo que, portanto, a fabricação de moedas adaptadas pode exigir investimento em tecnologia especializada, “como equipamentos de gravação a laser, moldes de precisão e processos de produção mais complexos”.

Assim, cabe à Casa da Moeda “buscar adotar elementos específicos que permitam a identificação de valor e autenticidade pelas pessoas com deficiência visual”, diz o substitutivo.

*Com informações da Agência Câmara

Fonte: CNN Brasil

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