O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, marcou uma conversa com o ex-presidente do Banco Central de seus dois governos, Henrique Meirelles. O economista confirmou ao blog que a dupla deve se reunir “em breve”.
O gesto de aproximação pode render à campanha de Lula uma eventual interlocução adicional com a parcela do mercado financeiro que ainda resiste à chapa. O apoio desse grupo é visto como decisivo, inclusive, para viabilizar uma eventual vitória de Lula e do vice Geraldo Alckmin (PSB) já no primeiro turno.
Lula e Meirelles conversaram na manhã desta segunda (19) em um encontro de ex-candidatos à Presidência da República que declararam apoio ao candidato do PT. Veja abaixo:
Ex-presidenciáveis declaram apoio a Lula em SP
A adesão à candidatura de Lula, que já vinha sendo sinalizada por Meirelles em conversas recentes, é vista como forma de quebrar a resistência a Lula no mercado financeiro – que tem se assustado com declarações de Lula e da campanha sobre os rumos da economia em um eventual mandato.
Até o momento, a campanha do PT ainda não apresentou o que pretende fazer em termos de políticas econômicas para combater desemprego e pobreza mantendo o equilíbrio fiscal.
Em vez disso, Lula tem sinalizado com as memórias de seu primeiro mandato, simbolizadas por apoios como os de Meirelles, Marina Silva (ex-ministra do Meio Ambiente) e Cristovam Buarque (ex-ministro da Educação).
A chancela de Meirelles – que, além do BC, comandou o Ministério da Fazenda de Temer e a secretaria de Fazenda do estado de São Paulo – é também uma sinalização de que Lula poderia retomar políticas econômicas de seu primeiro mandato, quando o político esteve à frente da autoridade monetária.
O ex-ministro, responsável pela proposta do teto de gastos aprovada em 2016, já no governo Michel Temer, diz que a regra fiscal e a expansão dos gastos sociais são “completamente compatíveis”. “A chave é experiência e liderança”, disse ao blog.
“É compreensível que haja necessidade de mais gastos sociais, e eles precisam ocorrer. Mas é preciso experiência para se fazer uma reforma administrativa bem-feita, cortar subsídios e outros gastos que abram esse espaço sob o teto de gastos”, declarou Meirelles.
Enquanto isso, interlocutores econômicos da campanha de Lula vêm defendendo, em diversos momentos, que um eventual terceiro governo do petista se afaste de propostas liberais – o que passaria, inclusive, pela revogação do teto.
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