Ministro da Economia, Luis Caputo, anunciará medidas após fechamento dos mercados, por volta das 17h
O novo governo da Argentina apresentará seus planos de terapia de “choque” econômico na tarde desta terça-feira (12), em uma tentativa de controlar a inflação de três dígitos e reconstruir as reservas em moeda estrangeira, com os mercados e a população argentina em suspense sobre o impacto das medidas.
O ministro da Economia, Luis Caputo, anunciará as medidas após o fechamento dos mercados, por volta das 17h (horário de Brasília), disse o porta-voz do presidente libertário Javier Milei, que assumiu o cargo no domingo (10).
A expectativa é de que elas incluam cortes acentuados nos gastos estatais, uma redução do tamanho do setor público e uma possível desvalorização acentuada do peso. Atualmente, a moeda é mantida artificialmente forte por meio de controles rígidos de capital.
As medidas ficarão “em linha” com as promessas de campanha de Milei, – em que ele frequentemente aparecia com uma motosserra para representar seus cortes planejados – disse o porta-voz presidencial Manuel Adorni, acrescentando que isso é necessário para evitar uma “catástrofe mais profunda”.
As negociações com o peso no mercado oficial devem ser mais restritas nesta terça-feira, como aconteceu na segunda (11), com o banco central permitindo negociações apenas em caráter prioritário, disse uma fonte do banco à Reuters.
A fonte disse que “o movimento da taxa de câmbio será o mesmo de ontem até que as medidas sejam anunciadas”.
Analistas consultados pela Reuters esperam que a taxa de câmbio oficial se enfraqueça acentuadamente em um futuro próximo, para cerca de 650 pesos por dólar, ante cerca de 365 atualmente. Nos mercados paralelos, o dólar é negociado a cerca de 1.000 pesos.
A nova liderança do banco central foi confirmada no diário oficial, formalizando a nomeação de Santiago Bausili, um aliado próximo de Caputo, para substituir o presidente do banco que está deixando o cargo, Miguel Pesce.
Fonte: CNN Brasil