Fenômeno meteorológico El Niño intensifica as temperaturas e impacta regiões com chuva nos próximos meses, durante o verão
Este domingo (17) é o último dia da onda de calor sufocante que atinge parte do Brasil, intensificando as temperaturas durante a tarde que chegam às máximas de 35°C em São Paulo.
Mas segundo afirmou o meteorologista do Climatempo Guilherme Borges, em entrevista à CNN neste domingo (17), o brasileiro não deve descartar a ocorrência de novas ondas de calor em 2024, e também durante o verão, que começa no próximo dia 22.
O país é atingido pelo fenômeno do El Niño, o que explica o clima mais seco até abril e chuvas abaixo da média para os próximos meses no Norte e em parte do Nordeste. A região é muito atingida, já que, após o verão, ela entra em um período de estiagem, sendo necessários níveis fluviais mais altos no decorrer de 2024, diz Borges.
Para o meteorologista, a tendência é que no Sul e Sudeste “as chuvas sigam acima da média, principalmente por esses três meses de verão”. Quanto às temperaturas, o fenômeno meteorológico tende a agravar o calor.
“Consequentemente, a gente vai ter temperaturas acima da média em boa parte do Brasil”, acrescenta. Ou seja, se a média é de 31°C, o El Niño deixará em 32°C ou 33°C, chegando até 37°C com as ondas de calor.
É possível determinar a previsão de ondas de calor com um período de 7 a 15 dias de antecedência – um prazo curto, que dificulta a certeza sobre a situação.
Mas a ocorrência de alta nas temperaturas é uma possibilidade, “olhando para o cenário macro, onde a gente tem extremos climáticos mais potencializados a partir de 2010, com 9 ondas de calor esse ano, e consequentemente tanto extremos de chuvas quanto de calor”, conclui Borges.
*Sob supervisão de Marcelo Freire
Fonte: CNN Brasil