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‘Brasil se expressou livre e democraticamente’, diz Fernández, presidente da Argentina, após reunião com Lula em SP

‘Brasil se expressou livre e democraticamente’, diz Fernández, presidente da Argentina, após reunião com Lula em SP


Presidente argentino viajou para São Paulo nesta segunda-feira (31) e comemorou vitória do petista. Fernández nunca teve um encontro bilateral presencial com Jair Bolsonaro (PL), com quem teve desentendimentos na pandemia. Presidente da Argentina, Alberto Fernandez, com Lula nesta segunda-feira (31) em SP
Reuters
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou nesta segunda-feira (31) com o presidente argentino, Alberto Fernández, em um hotel de São Paulo. Fernández veio para o Brasil para parabenizar Lula pela vitória.
Nas redes sociais, o presidente argentino comentou o resultado das eleições brasileiras e divulgou vídeos do encontro com Lula.
“O Brasil se expressou livre e democraticamente. Democraticamente, elegeram um extraordinário líder latino-americano. Preservar a democracia é a primeira coisa que devemos fazer, e cuidar da vontade popular é fundamental para pensar o progresso da América Latina”, disse o presidente argentino durante a reunião.
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Presidente da Argentina, Alberto Fernandez, se encontra com Lula em SP
Reuters
De acordo com o jornal “La Nación”, é a primeira vez que Alberto Fernández viaja ao Brasil desde que assumiu o cargo, em 2019. Ele nunca teve um encontro bilateral presencial com Jair Bolsonaro (PL), com quem teve desentendimentos, principalmente em 2020, na pandemia.
Ainda conforme o jornal, os detalhes do encontro entre Lula e Fernández foram coordenados por Daniel Scioli, ex-vice-presidente da Argentina, e Celso Amorim, ex-chanceler brasileiro e assessor internacional do ex-presidente. Scioli entregou há algumas semanas um roteiro de um plano de integração para Amorim, que poderá voltar a ter um papel de peso no Planalto.
A agência Reuters aponta que a vitória de Lula pode implicar a retomada da relação bilateral com o importante parceiro comercial, após a posse do presidente eleito, em 1º de janeiro.
Atritos
O presidente argentino, Alberto Fernández (de costas), em reunião com o presidente Jair Bolsonaro, que está acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, Flávio Rocha.
Casa Rosada
A relação de Jair Bolsonaro e Fernández é marcada por hostilidades. Em 2019, o brasileiro defendeu reiteradas vezes a reeleição do então presidente Mauricio Macri, de tendência liberal, que perdeu no primeiro turno para Fernández.
Bolsonaro chegou a dizer que, se Fernández fosse eleito, a Argentina se tornaria uma “nova Venezuela”, com êxodo de argentinos para o Rio Grande do Sul, assim como venezuelanos fugiram para Roraima.
Ainda na campanha, o argentino respondeu: “Em termos políticos, eu não tenho nada a ver com Bolsonaro. Comemoro enormemente que fale mal de mim. É um racista, um misógino, um violento”.
Bolsonaro manteve as críticas após a posse do argentino. O país vizinho passa por uma longa crise econômica, agravada pela pandemia do coronavírus. O argentino adotou quarentenas rígidas, enquanto Bolsonaro sempre foi crítico do isolamento social e do uso de máscara.
Em agosto de 2020, por exemplo, Bolsonaro criticou a gestão de Fernández e disse que isso é o que o povo argentino “merece”. O presidente brasileiro se referiu à Argentina para rebater críticas dos próprios apoiadores. Segundo ele, o mesmo aconteceu com Macri.
Sandra Cohen apontou no seu blog, no g1, que a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva consolida o eixo político de forças progressistas nas seis principais economias da América Latina. Além do Brasil – com a chegada do presidente eleito como o decano da região –, México, Argentina, Brasil, Peru, Colômbia e Chile são liderados por presidentes de esquerda e centro-esquerda.
Alberto Fernández e Lula em São Paulo
Reprodução/Instagram Alberto Fernández

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