Chelbe Moraes foi preso no Paraguai em 2021 por supostamente ter fugido com sua filha pequena, crime pelo qual agora está sendo julgado no Brasil. Muro na fronteira entre EUA e México, na cidade de Roma (Texas)
Ed Jones/AFP
Um brasileiro suspeito de agir como traficante de pessoas foi acusado de contrabando de pessoas nos Estados Unidos junto com seu irmão e seu sobrinho, informou nesta terça-feira a Procuradoria do Distrito de Massachusetts.
Chelbe Moraes foi preso no Paraguai em 2021 por supostamente ter fugido com sua filha pequena, crime pelo qual agora está sendo julgado no Brasil. Após sua prisão, a Polícia Federal brasileira começou a suspeitar que ele era um contrabandista de pessoas, um dos vários que estavam ajudando a impulsionar um número recorde de prisões de brasileiros na fronteira sul dos EUA.
EUA: 2 milhões de imigrantes detidos na fronteira, 51 mil são brasileiros
A Polícia Federal o acusou de cobrar dos brasileiros sem vistos válidos nos EUA cerca de 20 mil dólares por pessoa para entrar nos Estados Unidos pelo México, usando uma rede internacional de policiais e funcionários corruptos, assim como familiares sediados nos EUA.
Em outubro do ano passado, quando foi tema de uma reportagem da Reuters, Moraes negou que fosse um contrabandista de pessoas, dizendo que dirigia uma consultoria legítima aconselhando pessoas sobre pedidos de asilo nos EUA. Ele disse que cobrava até 100 mil reais daqueles que atendessem aos critérios dos EUA para ajudá-los a migrar para o país.
Na terça-feira, promotores federais de Massachusetts abriram um processo com quatro acusações contra Moraes. Também anunciaram a prisão de seu irmão, Jesse James Moraes, e de seu sobrinho, Hugo Giovanni Moraes, na cidade de Woburn, onde possuem dois restaurantes: Taste of Brazil – Tudo No Brasa e The Dog House.
De acordo com um comunicado da Procuradoria do Distrito de Massachusetts, os três homens da família supostamente “contrabandearam indivíduos do Brasil para os Estados Unidos por uma taxa que varia entre aproximadamente 18 mil e 22 mil dólares”.
Jesse e Hugo Moraes então supostamente “os empregavam em seus restaurantes em Woburn, retendo seus salários para pagar suas dívidas de contrabando”. Além disso, segundo o comunicado, eles “supostamente deram ou ofereceram documentação falsa aos indivíduos para apoiar pedidos de asilo ou obter autorizações de trabalho”.
Chelbe Moraes se recusou a comentar sobre as acusações dos EUA.
Os advogados de Jesse James Moraes e Hugo Giovanni Moraes não responderam imediatamente ao pedido de comentário.
Procurado para comentar no ano passado, Jesse James Moraes negou que tenha trabalhado com seu irmão para trazer brasileiros ilegalmente para os Estados Unidos. Ele também negou que empregasse clientes de seu irmão em seus restaurantes.
Veja os vídeos mais assistidos do g1
- MPT investiga condições de trabalho de operários estrangeiros em obra da fábrica da BYD na Bahia; construção começou há 8 meses
- Moradores de Camaçari Enfrentam Descaso no CRAS: Documentos Jogados e Falta de Atendimento
- Caetano denuncia compra de votos
- Debate para Prefeitura de Camaçari tem perguntas sobre corrupção, geração de emprego e segurança pública
- Camaçari pode ter segundo turno pela primeira vez; veja quem são os candidatos à prefeitura
- Dólar cai quase 1% no dia após fala de Lula sobre fiscal e recua 0,7% na semana; bolsa perde 2%
- Dívida pública deve ultrapassar 100% do PIB em 2030, estima IFI
- Dólar retoma alta e bate R$ 6,29 após nova intervenção do BC; Ibovespa sobe
- Dólar dispara e fecha a R$ 6,26, nova máxima histórica; bolsa cai mais de 3%
- Juros devem cair só no segundo semestre de 2025, projeta CNI
- “Minha intenção é permanecer no Senado”, diz Pacheco
- Votação do orçamento fica para o ano que vem
- Câmara conclui votação de projeto que incentiva transição energética
- Pacheco considera sessão no sábado (21) para votar Orçamento
- Lula planeja mudar lideranças no Congresso Nacional