No segundo trimestre, empresa havia amargado um prejuízo ainda maior, de R$ 468 milhões. Fachada da BRF
REUTERS/Rodolfo Buhrer
A companhia de alimentos BRF registrou prejuízo líquido de R$ 137 milhões no terceiro trimestre, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira (9), em meio a um cenário adverso para o consumo no mercado interno e necessidades de melhora operacional.
O resultado foi mais favorável em relação ao prejuízo líquido de R$ 271 milhões reportado no mesmo período do ano passado, mas ficou abaixo das projeções de analistas que esperavam lucro de R$ 64,8 milhões para o período, segundo dados da Refinitiv.
No segundo trimestre deste ano, a empresa havia amargado um prejuízo ainda maior, de R$ 468 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado alcançou R$ 1,374 bilhão, leve alta de 0,5% no comparativo anual e praticamente em linha com as expectativas do mercado, de R$ 1,42 bilhão.
A receita líquida alcançou R$ 14,05 bilhões, avanço de 13,4% no ano a ano, com a contribuição de um ganho de 11,3% nos preços médios do portfólio dos produtos.
As operações da BRF no Brasil tiveram avanço de 6,6% na receita operacional líquida do trimestre, para R$ 6,8 bilhões. O lucro bruto, no entanto, caiu cerca de 30%, para R$ 1,09 bilhão.
Na mesma linha, o Ebitda ajustado da companhia no Brasil perdeu 47,8% no comparativo anual, para R$ 458 milhões.
O companhia disse que o ambiente de consumo no mercado interno é desafiador, a renda média real da população segue em patamares mínimos históricos e a inflação de alimentos acumulada atingiu 11,71% em setembro.
Mesmo com a intensificação de ações governamentais de benefício à população, com o programa Auxílio Brasil, a BRF destacou que há indicações que os recursos disponibilizados têm sido direcionados para a amortização de dívidas em vez da ampliação do consumo.
“Se falou que, no passado, o auxílio tocou 28% das famílias e dessa vez tocou 9% das famílias”, disse a jornalistas o CEO da BRF, Miguel Gularte, em videoconferência.
Apesar disso, ele afirmou que a companhia não vai “renuciar a volume e nem em market share”.
“Vamos seguir trabalhando para seguir ganhando share. Do ponto de vista do mercado interno, é importante que melhore sua execução comercial”, acrescentou o executivo.
Ele ressaltou que a empresa necessita e pretende melhorar em eficiência operacional, índices de conversão alimentar, gestão de mortalidade dos animais, rendimentos, produtividade e precificação. “Reduziremos nossos custos com otimização de horas trabalhadas, sem descuidar do controle de custos fixos.”
Também presente na videoconferência, o CFO da empresa, Fabio Mariano, ressaltou que as expectativas para as safras de soja e milho 2022/23 são positivas, o que tende a melhorar as despesas da empresa com insumos nos próximos meses, principalmente no início de 2023. Milho e farelo de soja são os principais ingrediente da ração animal.
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