Avanço do indicador reflete melhor percepção da situação atual, mas especialistas ainda sinalizam cautela com desaceleração econômica, aponta FGV. Silhueta do Cristo Redentor, no Rio, nesta quinta (16)
Reprodução/TV Globo
O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), registrou um aumento de 11,8 pontos entre o terceiro e o quarto trimestre deste ano.
O movimento foi influenciado pela melhora das percepções econômicas. Nesse caso, o Indicador da Situação Atual (ISA) avançou 22,7 pontos no período, para 67,0 pontos. Já o Indicador de Expectativas (IE), por sua vez, variou 0,6 pontos, a 66,1 pontos, indicando estabilidade.
Apesar da melhora, no entanto, o Ibre afirma que o ICE voltou a se manter em um nível baixo desde o terceiro trimestre de 2021, ficando próximo de 100 – pontuação que marca o limite entre a zona favorável e a desfavorável do indicador. Os demais indicadores também se mantêm em patamares mais desfavoráveis.
No Brasil, que lidera a melhora da região da América Latina, o ICE registrou um avanço de 30 pontos entre o terceiro e o quarto trimestre deste ano, além de marcar um aumento de 49,4 pontos no ISA e de 10,2 pontos no IE. Mesmo com a melhora, no entanto, os três indicadores continuam na zona desfavorável.
“A alta menos expressiva observada do IE em relação ao ISA e sua retração em alguns países indica que o cenário para os próximos seis meses tende a desacelerar na região”, afirmou o Ibre em nota oficial.
Indicador de Clima Econômico e de Situação Atual de países selecionados
Ibre/FGV
Segundo o Instituto, as projeções de uma taxa menor de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2023 em relação a 2022 corroboram a cautela dos especialistas em relação aos próximos meses.
Ainda de acordo com o Ibre, os principais entraves apresentados para o crescimento econômico dos países da América Latina foram a falta de inovação, infraestrutura inadequada, falta de confiança na política econômica, falta de competitividade internacional, corrupção, aumento na desigualdade de renda, clima desfavorável para os investidores estrangeiros, instabilidade política, barreiras legais e administrativas para investidores, falta de mão de obra qualificada, dificuldade no fornecimento de insumos e falta de capital.
Dos 17 problemas listados, 12 apresentaram pontuação acima de 50 pontos – marca que indica que as questões são relevantes para a atividade nos países analisados.
No Brasil, os cinco maiores entraves, que receberam uma pontuação acima de 90 pontos, foram a falta de inovação, a infraestrutura inadequada, a falta de competitividade internacional, o aumento na desigualdade de renda e a falta de mão de obra qualificada.
Além disso, no País, a falta de confiança na política econômica e a instabilidade política também foi citada por 46,2% dos especialistas que participaram da sondagem. Segundo o Ibre, no entanto, as duas questões registraram percentuais elevados em todos os países da América Latina.
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