Para revisão, entidade citou normalização da cadeia de suprimentos, indústria da construção aquecida, mercado de trabalho com bom desempenho e queda da inflação. Indústria de Mato Grosso produz tubos para a construção civil com o uso de embalagens de agrotóxicos
Fiemt
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou de 0,2%, em julho, para 2% sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) industrial em 2022. A nova estimativa foi divulgada nesta terça-feira (11) por meio do Informe Conjuntural.
O PIB industrial engloba a indústria de transformação, a construção civil, a indústria extrativa e a produção de eletricidade, gás, água e esgoto, entre outros.
No caso do setor de serviços, a projeção passou de alta de 1,8% para uma expansão de 3,8% neste ano, enquanto a estimativa para o PIB da construção subiu de 2% para 7%. A indústria de transformação, projetou a CNI, deve crescer 0,6% em 2022 (contra a previsão anterior de um tombo de 1,5%).
Já para o PIB como um todo, a entidade passou a projetar um crescimento de 3,1% para este ano fechado — acima do crescimento de 2,7% estimado pelo mercado financeiro na semana passada. Em julho, a previsão da CNI era de que o PIB avançaria 1,4% neste ano.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. No segundo trimestre deste ano, o crescimento foi de 1,2% e, em todo ano passado, somou 4,6%.
De acordo com a CNI, alguns fatores pesaram para a forte revisão do PIB e do nível projetado para a atividade industrial neste ano. São eles:
A partir do segundo trimestre, as cadeias de suprimentos (de produtos e insumos importados) mostraram progressiva normalização, apesar da continuidade da guerra na Ucrânia e de novos riscos surgindo no cenário internacional.
A indústria da construção, que já mostrava um desempenho bastante positivo, recebeu novo impulso com a ampliação do principal programa de financiamento habitacional do governo federal.
O setor de serviços, que já estava com atividade em patamar elevado, mostrou dinamismo além do previsto. Isso a impulsionou o mercado de trabalho, com “criação significativa” do número de pessoas ocupadas.
Inflação desacelerou fortemente de maio de 2022 em diante, devido não só à forte influência das reduções de tributos sobre energia, combustíveis e telefonia, como também à desaceleração dos preços industriais e de alimentos.
A CNI diz ainda que importantes “impulsos fiscais”, ou seja, aumentos de gastos, também pesaram, como antecipação do o 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS, liberação de saques do FGTS, retomada do pagamento do abono salarial, aumento do valor do benefício Auxílio Brasil e as outras transferências, como o auxílio a caminhoneiros e taxistas.
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