Antecipação de promoções e aposta em dados são chave para ganhar relevância nas buscas na data, destaca líder de Commerce para médias empresas do Google Brasil. Movimentação no comércio da cidade de Curitiba (PR), nesta sexta-feira (26), dia de Black Friday.
EDUARDO MATYSIAK/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
As varejistas têm uma boa e uma possível má notícia para a Black Friday deste ano: as pessoas querem comprar mais na data e expandiram as categorias de interesse – mas a Copa do Mundo vai coincidir com a sexta de descontos e competir pela atenção do consumidor.
Além deste cenário, pequenos e médios comerciantes têm um outro desafio, este já conhecido: competir com gigantes do varejo por atenção, cliques e compras.
Para ajudar nessa luta por clientes, principalmente em buscas online, a líder de Commerce para médias empresas do Google Brasil, Fernanda Bromfman, ajudou a criar uma lista de recomendações para se preparar para a data.
1 – Planejamento
Isso vale para todos, mas principalmente o pequeno e o médio precisam fazer planejamento com estoque e disponibilidade de produtos e entrega para a Black Friday.
2 – Apostar nos dados
Os comércios com mais tempo de operação devem olhar dados de anos anteriores para fazer essa prospecção.
“O quanto antes ele construir uma base de consumidores é essencial. Ter o CRM, lista de compradores, quem já acessou o site e ativar os clientes por meio delas. Em um momento como esse, ele precisa ser certeiro na comunicação”, recomenda.
3 – Antecipação
Para ganhar visibilidade, antecipar promoções e campanhas é fundamental. “Pode ser que, para alguns pequenos, faça mais sentido ter uma semana de promoção por mês em cada categoria”, aconselha a especialista.
4 – Foco no digital
Usar principalmente o digital para fazer um investimento de mídia mais eficiente e entender qual o melhor momento para falar com o consumidor. Além disso, o Google vai priorizar sites com informações completas de seus produtos.
“Quanto mais ele antecipa, mais ele fica relevante nas buscas”, diz a especialista.
5 – Automação
Campanhas digitais precisam muito pouco de interação humana. Saber o que quer e pedir para o robô fazer é a melhor estratégia, segundo Bromfman. “O Google ou a rede social só precisam saber que produto o cliente quer vender e que retorno financeiro ele quer. Então deixa a automação achar o melhor consumidor na hora que mais faz sentido”.
6 – Use o tamanho a seu favor
A Black Friday deste ano vai competir com a Copa. Nesse cenário, é preciso aproveitar as oportunidades que o mundial traz para criar ofertas.
“A criatividade é mais fácil de fluir em uma pequena organização, que consegue tomar decisões mais ágeis e mover-se mais rapidamente. No âmbito da Copa, a agilidade vai fazer diferença por exemplo após resultados de jogo do Brasil.”
Brasileiros querem comprar mais
Uma pesquisa encomendada pelo Google ao Instituto Ipsos mostrou que 71% dos entrevistados pretende comprar nesta Black Friday. Esse percentual é 29% maior do que o registrado em 2021, e o aumento é puxado principalmente pela classe C.
Além disso, os consumidores pretendem comprar produtos de 5 categorias neste ano, enquanto no ano passado a média foi de 4,2 categorias por pessoa. As maiores intenções de compra deste ano são dos seguintes grupos:
Roupas e acessórios
Livros e Itens de papelaria
Calçados
Celulares
Eletroportáteis
Já uma análise sobre as buscas no Google mostra que o interesse por um produto “melhor” superou o interesse por um produto “barato”. Entre abril e junho de 2020, as buscas associadas a “barato” eram 53% maiores que o volume de buscas associadas a “melhor”. Em 2022, as buscas por “melhor” já superam as buscas por “barato” em 27%.
“Essa será a Black Friday das melhores escolhas para cada consumidor, de acordo com suas necessidades e contexto econômico”, diz Bromfman.
“Itens com ticket médio mais alto, como TVs, celulares ou itens de informática, ou menos essenciais, como moda esportiva, devem estar na lista dos consumidores de classes A e B. Neste ano, a Black Friday para a classe C deve incluir mais produtos nas categorias de alimentos e eletroportáteis”, analisa.
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