O Ministério Público pede 12 anos de prisão para ela e também quer que a Justiça proíba sua participação na política. Quem é Cristina Kirchner?
A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, assumiu sua própria defesa durante as alegações finais de um julgamento em que ela é acusada de corrupção.
Compartilhe esta reportagem pelo WhatsApp
Compartilhe esta reportagem pelo Telegram
Cristina disse que sua intervenção nesta sexta-feira “não é uma concessão graciosa do tribunal”, mas, sim, uma prerrogativa que ela tem por ser advogada: “Se eu não tivesse a sorte de ser advogada, estaria em estado de indefesa diante da extensão do argumento do promotor”, afirmou.
Entenda o processo contra Cristina
O Ministério Público pede 12 anos de prisão para ela e também quer que a Justiça proíba sua participação na política.
Cristina Kirchner no balcão de sua casa em 23 de agosto de 2022
Agustin Marcarian/Reuters
LEIA TAMBÉM
Quem é Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina que sofreu uma tentativa de assassinato
Ministério Público da Argentina acusa Cristina Kirchner de direcionar contratos em concessões
Cristina Kirchner afirma que pedido de prisão contra ela é perseguição política
O julgamento começou em 2019. Ela é acusada, junto com outras 12 pessoas, de ter direcionado obras públicas para as empresas de um homem chamado Lázaro Báez. Em troca, ele teria repassado dinheiro para ela, de acordo com a acusação. Para os promotores, ela é culpada de associação ilícita e de administração fraudulenta agravada.
Essas licitações de obras públicas fraudulentas teria acontecido na província de Santa Cruz, o reduto político dos Kirchner. O veredicto deve ser conhecido até o final deste ano.
Devido aos seus privilégios parlamentares, ela não pode ser detida, nem ter seu mandato cassado, até que haja uma decisão final do Supremo Tribunal de Justiça.
Para Cristina, processo é conjunto de mentiras
Cristina diz que o julgamento é um conjunto de mentiras, calúnias e difamações. “Estamos diante de um caso claro de prevaricação. O promotor (Diego) Luciani e o promotor (Sergio) Mola mentiram na declaração da acusação”, disse Cristina na intervenção realizada de forma remota, diretamente de seu escritório na Presidência do Senado.
Em agosto, ela pediu ao tribunal uma prorrogação de sua declaração —segundo Cristina, o Ministério Público havia adicionado elementos à acusação, e por isso ela deveria ter mais tempo para elaborar a resposta. A Justiça negou aumentar o prazo, e ela protestou por isso.
Veja os vídeos mais assistidos do g1
- MPT investiga condições de trabalho de operários estrangeiros em obra da fábrica da BYD na Bahia; construção começou há 8 meses
- Moradores de Camaçari Enfrentam Descaso no CRAS: Documentos Jogados e Falta de Atendimento
- Caetano denuncia compra de votos
- Debate para Prefeitura de Camaçari tem perguntas sobre corrupção, geração de emprego e segurança pública
- Camaçari pode ter segundo turno pela primeira vez; veja quem são os candidatos à prefeitura
- Dólar cai quase 1% no dia após fala de Lula sobre fiscal e recua 0,7% na semana; bolsa perde 2%
- Dívida pública deve ultrapassar 100% do PIB em 2030, estima IFI
- Dólar retoma alta e bate R$ 6,29 após nova intervenção do BC; Ibovespa sobe
- Dólar dispara e fecha a R$ 6,26, nova máxima histórica; bolsa cai mais de 3%
- Juros devem cair só no segundo semestre de 2025, projeta CNI
- Governo se defende e tenta afastar imagem de “desidratação do pacote fiscal”
- “Minha intenção é permanecer no Senado”, diz Pacheco
- Votação do orçamento fica para o ano que vem
- Câmara conclui votação de projeto que incentiva transição energética
- Pacheco considera sessão no sábado (21) para votar Orçamento