A moeda norte-americana encerrou o dia com cotação de R$ 5,2480, em alta de 2,61%. O dólar opera em alta nesta segunda-feira (26), marcado pela aversão a risco no exterior, enquanto no Brasil a reta final da corrida eleitoral colaborava para a cautela de investidores.
Às 9h22, a moeda norte-americana subia 1,64%, a R$ 5,3340. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, a moeda norte-americana encerrou o dia em R$ 5,2480, alta de 2,61% – maior alta diária desde 22 de abril, quando a moeda cresceu 4,04%. Com o resultado, acumulou queda de 0,2% na semana e alta de 0,91% no mês. No ano, tem queda de 5,86% frente ao real.
A alta ocorreu mesmo após o Banco Central vender US$ 2 bilhões em leilões de venda de moeda conjugados com leilões de compra no mercado interbancário, em operação que não realizava desde o fim de 2021.
O BC recorre a esse instrumento principalmente em momentos de falta de liquidez no mercado de câmbio à vista, o que normalmente ocorre no fim do ano. O comentário no mercado é que o BC pode ter realizado a operação para ajustes no cupom cambial (taxa de juro em dólar), que acelerou a alta recentemente.
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O que está mexendo com os mercados?
Mercado financeiro crê na manutenção da taxa de juros, diz economista
Os mercados globais estão sob pressão diante do aperto monetário no exterior e das preocupações com a recessão. Na semana passada, foram anunciadas decisões sobre as taxas de juros dos Estados Unidos e do Brasil.
O Federal Reserve (Fed), o banco central americano, aumentou as taxas de juros do país para uma faixa de 3% a 3,25% – uma alta de 0,75 ponto percentual. Foi a quinta vez neste ano em que os juros foram elevados. A nova alta levou a taxa básica de juros dos EUA ao seu maior patamar desde 2008, pouco antes de o país passar por sua maior crise desde a quebra das bolsas em 1929.
Altas de juros nos Estados Unidos tendem a se refletir em alta na cotação do dólar no Brasil, uma vez que há saída da moeda do país, com o objetivo de buscar a melhor remuneração lá fora.
Por aqui, o Banco Central decidiu manter os juros em 13,75% – mas mandou um recado claro de que, caso a inflação volte a pressionar, a Selic pode subir novamente no futuro.
Os economistas do mercado financeiro reduziram de 6% para 5,88% a estimativa de inflação para este ano. Foi a 13ª terceira queda seguida da estimativa para a inflação deste ano. Também é a primeira vez desde março deste ano que a previsão fica abaixo de 6%. Já a previsão dos economistas dos bancos para a economia é de crescimento de 2,67% em 2022, contra os 2,65% previstos anteriormente.
A projeção para o dólar para o fim de 2022 permaneceu estável em R$ 5,20. Para 2023, continuou inalterada também em R$ 5,20.
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