Principal queixa de lideranças partidárias é a abertura de inquérito da Polícia Federal
A reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), teve como objetivo discutir aspectos legais da divisão das emendas de comissão.
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu na segunda-feira (23) o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão após um pedido do PSOL alegar manobra parlamentar.
O encontro com Lira foi solicitado por Lula. Segundo assessores do governo, o petista queria entender como foi realizado o procedimento de divisão das emendas parlamentares.
Lula levou para a reunião, que durou cerca de uma hora, pareceres jurídicos do próprio governo federal, como o pedido da AGU (Advocacia-Geral da União).
O presidente esclareceu no encontro que o governo federal não interferiu no processo da Suprema Corte, tanto que a AGU publicou parecer liberando o pagamento de R$ 6,4 bilhões em dezembro.
No encontro, Lira relembrou a Lula que as indicações foram discutidas com o Poder Executivo, com a existência inclusive de registros de discussões feitas nas próprias comissões.
Ou seja, para o presidente da Câmara dos Deputados, não houve manobra ou atropelo. E que, portanto, a distribuição de R$ 4,2 bilhões teria suporte jurídico.
Após o encontro com Lula, Lira discutiu com deputados a resposta que daria nesta sexta-feira (27) à Suprema Corte.
Segundo relatos feitos por parlamentares, Lira estava calmo e convencido de que Lula concordava sobre a legalidade da distribuição das emendas.
Apesar disso, causou irritação nos lideres partidários a abertura pela Polícia Federal de um inquérito para investigar o episódio.
Na avaliação deles, a investigação prejudica a imagem da própria Câmara dos Deputados.
Fonte: CNN Brasil