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Enem 2022 no Recife: do lado de fora de local de prova, pais e avós se dividem entre nervosismo e torcida até estudantes saírem

Enem 2022 no Recife: do lado de fora de local de prova, pais e avós se dividem entre nervosismo e torcida até estudantes saírem


‘A ansiedade é grande, né? O nervosismo também’, diz mãe que pegou dois ônibus e metrô para levar o filho até a Unicap, no Recife. ‘Eu fico até o último momento torcendo’, conta outra mãe. José Hamilton de Alcântara espera o neto, Talisson, de 18 anos, fazer o Enem no Recife
Paulo Veras/g1 PE
Com o fechamento dos portões dos locais de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), parentes que acompanharam os jovens que tentam uma vaga na universidade não escondem a ansiedade e o nervosismo, nem a torcida, enquanto esperam filhos e netos saírem dos prédios onde eles fazem os testes neste domingo (13).
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Em Pernambuco, 184.860 candidatos estão habilitados a fazer o Enem impresso e 1.977 se inscreveram para fazer a prova no formato digital. Ao chegarem aos locais do exame, estudantes disseram ao g1 que o principal foco de ansiedade neste primeiro dia de provas era a redação, que teve como tema “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil’.
José Hamilton de Alcântara, de 65 anos, estava do lado de fora da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) esperando que o neto Talisson, de 18 anos, fizesse a prova. O jovem, que enfrenta o Enem pela primeira vez, quer cursar direito.
Para o avô, é formidável ter a chance de acompanhar o neto em um dia em que ele busca uma chance de melhorar de vida. “É muito gratificante acompanhar ele. Ver como ele estava interessado e dedicado”, afirmou.
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José Hamilton disse que vai esperar até que Talisson saia da prova porque quer ver a reação do neto.
“Passando ou não, esses jovens vão ver o quanto eles são valorizados. Porque, mesmo não passando, a gente sabe que eles têm um futuro grande pela frente. Se não der esse ano, tenta no próximo. Até um dia ele alcançar o que ele tanto almeja”, contou José.
No Recife, Joselma da Costa Silva da Fonte levou os dois filhos, Eduardo e Yohana, para fazer o Enem na Unicap
Paulo Veras/g1 PE
Dois filhos de Joselma da Costa Silva da Fonte estão prestando o exame. Yohana Carla, que está no segundo ano do ensino médio, faz a prova como treino porque, no próximo ano, tentará uma vaga em medicina. Eduardo Matheus, que atualmente cursa engenharia ambiental na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), foi apoiar a irmã.
Segundo Joselma, é uma ansiedade estar do lado de fora do prédio. “Eu fico até o último momento torcendo, esperando e pedindo a Deus que dê tudo certo. No ano que vem, minha filha vai estar no terceiro ano. Peço muito que ela consiga o objetivo dela, assim como ele conseguiu, mesmo sendo de colégio público”, contou.
“Alunos de escolas estaduais têm capacidade de passar, sim. Meu filho é prova disso”, declarou Joselma.
Yohana sofre de asma e, segundo a mãe, teve que correr na reta final do trajeto para conseguir chegar ao local de prova antes que os portões se fechassem. “Ela trouxe a bombinha, trouxe o remédio, trouxe tudo para não perder. Está toda equipada lá dentro”, afirmou Joselma.
Janaína Patrícia de Lima pegou dois ônibus e um metrô para levar o filho Wesley, de 19 anos, para fazer a prova no Centro do Recife. Os dois moram em Jardim Jordão, bairro de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. O jovem quer cursar arquitetura ou computação.
“A ansiedade é grande, né? O nervosismo também. Quando a gente viu os jovens chegando atrasados e o portão fechando, todas as mães aqui ficaram com os olhos cheios de lágrimas”, falou Janaína.
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