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Tema da redação foi elogiado por alguns candidatos e criticado por outros. Alguns deles reclamaram do volume de textos nos enunciados das questões e da prova de língua estrangeira. Estudantes avaliam primeiro dia de provas do Enem 2022 no Recife
O tema da redação, que foi sobre “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”, e questões inesperadas na prova de ciências humanas surpreenderam estudantes no Recife. Após concluírem a primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (13), candidatos contaram ao g1 o que acharam mais difícil ou inesperado neste primeiro dia de testes (veja vídeo acima).
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Neste ano, 186.837 candidatos se inscreveram para fazer o Enem em Pernambuco. A maior parte deles, 184.860, estava habilitada para responder a prova impressa. Outros 1.977 estudantes se cadastraram para fazer o exame no formato digital.
Kayllane Danielle, de 18 anos, que está tentando o Enem pela primeira vez, disse que achou o primeiro dia tranquilo. “Achei muito bom o tema da redação. Era falar da essência do Brasil. E da necessidade de representar esses povos originários”, contou.
Kayllane Danielle, de 18 anos, que fez a prova do Enem no Recife
Paulo Veras/g1
Para ela, as questões mais difíceis foram de filosofia, principalmente questões sobre o capitalismo e o cristianismo. “Essa daí me quebrou quando eu olhei”, afirmou a jovem, que quer cursar letras.
Kayllane também disse que se surpreendeu com a pergunta sobre agressão de mulheres, mas falou que gostou do modo como a prova abordou a inclusão das mulheres. “Foi sobre tesão e agressão, lua de mel. Eu, sinceramente, adorei”, declarou.
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Para Ângelo Gabriel de Queiroz, também de 18 anos, a parte mais difícil foi a redação. “Pensei que fosse ser um tema mais atual. Era para falar de indígenas”, contou o rapaz, que pretende estudar logística ou administração.
A prova mais complicada para Kawan Alexandrino Sobral, de 19 anos, foi a de língua estrangeira. “Acho que o mais difícil foi a parte de espanhol. Não estudei tanto”, afirmou o rapaz, que vai tentar medicina veterinária.
Ângelo Gabriel de Queiroz, candidato do Enem no Recife, não gostou do tema da redação
Paulo Veras/g1
Ainda de acordo com Kawan, as outras provas deste primeiro dia do Enem foram tranquilas, mesclando questões complicadas com algumas mais simples. “Na prova de ciências humanas, caiu um tema que eu não esperava, que falava sobre revolução”, contou.
O volume de leituras demandado pelo exame foi a maior dificuldade enfrentada por João Vitor Barros de Farias, de 17 anos, neste domingo (13).
“É muito texto, muita informação também. Você parar para ler tudo, vai ser pior. Para a gente que estava estudando antes, tem que ter um raciocínio mais rápido. Porque são 90 questões e ainda tem a redação”, disse João.
Além disso, o jovem falou que a fome foi outro fator que atrapalhou seu desempenho nas provas. Mesmo assim, ele se disse confiante, especialmente com o próximo final de semana, quando as questões serão sobre matemática e ciências da natureza.
Além dos textos longos, João Vitor Barros de Farias disse que fome o atrapalhou na hora de fazer o Enem no Recife
Paulo Veras/g1
“Não vou dizer que foi fácil, porque não foi. Mas foi uma prova tranquila. Bateu uma fome na hora que meu Deus do céu. E ainda faltava um tempão para a gente terminar”, declarou João Vitor, que quer estudar redes de computadores.
Quem também está na expectativa para o último dia de provas do Enem é Marlon André da Silva Borges, que pretende cursar administração. “A prova foi tranquila. A parte de ciências humanas estava a mais difícil. Não sei se foi porque eu estudei pouco, mas achei mais complexa”, contou.
Com relação à redação, Marlon afirmou ter gostado do tema. “Achei complexo também, mas consegui desenvolver bem”, comentou o estudante de 19 anos.
Mesmo no primeiro ano do ensino médio, Iran José da Silva Junior, de 16 anos, foi fazer o Enem pela primeira vez como treino. “Foi uma experiência nova. É bom para saber como é direitinho para, no terceiro ano, eu fazer a prova mais fácil”, explicou.
Iran Jose da Silva Junior está no primeiro ano do ensino médio e fez a prova como treino no Recife
Paulo Veras/g1
Ainda na primeira etapa do ensino médio, Iran disse que não podia negar que achou o teste complicado. Mas ele falou que gostou das questões e da redação. “O pessoal, hoje em dia, não liga muito para a história do Brasil. Quer saber muito do que vem acontecendo hoje em dia e esquece do que se passou”, afirmou.
Fazendo o Enem pela terceira vez, Kaylane Priscila de Aguiar, de 19 anos, já faz o curso de administração, mas quer migrar para engenharia mecânica ou computação. Por experiência própria, ela disse que já viu anos com questões mais complicadas no Enem.
“Achei que a redação foi a parte mais complicada. Tinha coisas que dava para você desenvolver. Mas como eu não consegui focar em estudar, para mim, foi um pouco mais difícil a redação”, declarou Kaylane.
Mateus da Silva Ferreira, de 17 anos, fez o exame pela primeira vez neste domingo (13). Ele quer cursar computação e afirmou que o elemento mais importante para a maior parte da prova foi a capacidade de interpretação de texto.
“Apesar de tudo, estava fácil para quem passou um tempo estudando. Eu gostei do tema da redação. Estava nervoso, mas deu para resolver tudo com tranquilidade”, contou Mateus.
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