Votação ocorre nesta terça e é determinante para o resto do mandato de Joe Biden. Câmara dos Deputados americanas é renovada a cada dois anos. Tradicionalmente, o partido do governo perde a maioria nas eleições de meio de mandato. Placa indica local de votação na Flórida, nos EUA
Lynne Sladky/AP
Os eleitores dos Estados Unidos vão na terça-feira (8) às urnas para a eleição de meio de mandato no país, as chamadas “midterms”. Haverá a renovação de todos os 435 deputados da Câmara (chamada de Casa dos Representantes) e de 35 senadores (são 100 no total).
O que está em jogo é o controle do Congresso e a pauta dos próximos dois anos do governo de Joe Biden.
O Partido Republicano tem uma boa chance de dominar a Câmara, e o Partido Democrata tem um leve favoritismo para manter uma maioria no Senado.
Se os republicanos dominarem a Câmara ou o Senado (ou ambos), eles vão conseguir interromper os projetos de Biden e dos democratas e provavelmente vão fazer inquéritos sobre a gestão do atual presidente.
O que são as eleições de meio de mandato?
As eleições de meio de mandato mudam significativamente os dois últimos anos do mandato do presidentes, já que a configuração do Legislativo pode ser alterada e o chefe do Executivo ganhar ou perder apoio.
Além disso, diversos estados vão fazer eleições para governador e eleições para escolher representantes locais.
EUA: Biden alerta para ameaças contra democracia a menos de uma semana de eleição legislativa
Voto distrital
Nos EUA, o voto é distrital —ou seja, em cada distrito há uma eleição para decidir quem será o deputado daquele localidade. Não é como no Brasil, onde há uma votação em que todos os candidatos de um único estado disputam todas as vagas daquele estado).
Veja abaixo o tópico sobre redesenho de mapas de distrito.
Quem domina o Legislativo hoje?
O Partido Democrata domina a Câmara: tem 220 deputados, contra 212 do Partido Republicano (os 3 restantes para o total estão vagos devido a morte ou renúncia do ocupante)
O Senado tem 50 democratas e 50 republicanos —no entanto, como nos EUA o vice-presidente é também um senador que vota em casos de empate, os democratas também controlam o Senado.
Uma tradição: governistas perdem controle do Legislativo
Nos últimos anos, os partidos do presidente no poder sofreram derrotas nas eleições de meio de mandato.
Em 2010, Barack Obama perdeu o controle da Câmara. Em 2018, foi a vez de Donald Trump perder a maioria na Casa.
Se o Partido Democrata perder a maioria nesta terça-feira, terá dificuldades para aprovar leis (o presidente Joe Biden já teve dificuldade para aprovar alguns projetos).
Mapas de distritos
Como o voto é distrital, a característica demográfica de cada distrito é importante para determinar o resultado das eleições.
Nos EUA, quem tem o poder para determinar onde ficam as divisas dos distritos são os legislativos estaduais (as assembleias legislativas de cada estado).
Há uma controvérsia sobre uma prática conhecida como gerrymandering. Trata-se de redefinir os limites dos distritos para beneficiar determinado grupo político.
Por exemplo, uma região onde há muitos eleitores negros, que tradicionalmente votam mais no Partido Democrata, pode ser dividida entre dois distritos distintos —assim, o poder eleitoral da população negra desse local será diluído em dois.
Essa é uma questão importante na política dos EUA, e a Suprema Corte deve tomar decisões no futuro sobre o poder dos legislativos estaduais para redesenhar os distritos.
- MPT investiga condições de trabalho de operários estrangeiros em obra da fábrica da BYD na Bahia; construção começou há 8 meses
- Moradores de Camaçari Enfrentam Descaso no CRAS: Documentos Jogados e Falta de Atendimento
- Caetano denuncia compra de votos
- Debate para Prefeitura de Camaçari tem perguntas sobre corrupção, geração de emprego e segurança pública
- Camaçari pode ter segundo turno pela primeira vez; veja quem são os candidatos à prefeitura
- PT reclama de Haddad e falta de explicação para eleitores com pacote fiscal
- Governo planeja campanha sobre isenção do IR
- Copom decide juros nesta quarta (11), na última reunião com Campos Neto à frente do BC
- IPCA desacelera a 0,39% em novembro; preços das carnes impactam índice, diz IBGE
- Dólar fecha a R$ 6,08 e renova maior valor da história; bolsa sobe 1%
- Quaest: 52% aprovam o trabalho de Lula; 47% desaprovam
- Lula estar hospitalizado não interfere no ritmo de votações do Congresso, diz Padilha
- Projeto de inteligência artificial deve ser votado pelo Senado nesta terça (10)
- PEC da Segurança: governadores voltam a Brasília para cobrar mudanças
- Dino rejeita pedidos da AGU e mantém regras rígidas para emendas