Incêndio florestal foi iniciado no último sábado (27) e cerca de 2,4 mil hectares do território já foram destruídos
Um incêndio florestal ainda persiste na Serra do Amolar, região pantaneira de Patrimônio Natural da Humanidade, no Mato Grosso do Sul. A fumaça densa cobriu algumas comunidades da região e também chegou a Corumbá (MS) e Ladário (MS).
Os dois municípios ficam a cerca de 230 km distante da Serra do Amolar. Segundo o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que atua na conservação e preservação do bioma, as equipes estão abrindo caminho para acessar o local onde o fogo maior teve início.
A área é de difícil acesso e envolve navegação e caminhada de cerca de 2 horas, explicou Rodolfo César, assessor do IHP. O avião dos Bombeiros de Mato Grosso do Sul que comporta 3 mil litros de água começou a atuar na região nesta quinta-feira (1º) e isso contribuiu para reduzir os focos de incêndio, afirmou.
“Hoje, ainda há muita fumaça, mas visualmente as equipes relataram que o fogo parece ter diminuído”, disse Rodolfo. Foram identificados 19 focos de calor neste dia 1º, segundo sistema Pantanal em Alerta, dos Bombeiros de Mato Grosso do Sul.
As equipes estão fazendo a limpeza de áreas para rota de fuga de animais e também para tentar reduzir o tamanho do fogo caso haja o avanço regiões prioritárias.
Destruição
O Painel do Fogo, do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), aponta que a área já atingida pelas chamas destruiu cerca de 2,4 mil hectares no território até esta quinta-feira (1º), na madrugada.
A Brigada Alto Pantanal, mantida pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), está atuando para proteger locais onde foram plantadas 25 mil mudas contra o avanço das chamas.
“Em volta da comunidade Amolar a gente conseguiu criar uma proteção e avaliamos que o fogo não vai atingir onde esses moradores vivem”, afirmou a coordenadora de operações do IHP, Isabelle Ribeiro. “Estamos com equipes distribuídas em três frentes, utilizando três diferentes bases que o IHP mantém nessa região”, completou.
O fogo iniciou no último sábado (27) quando um pequeno proprietário rural da região teria começado as chamas na tentativa de limpar a vegetação. O homem foi notificado sobre o início do fogo após constatação do caso na central de monitoramento, em Corumbá.
A Polícia Militar Ambiental também foi informada do início do incêndio para atuar na fiscalização.
Histórico da região
Em todo o Pantanal, conforme o Painel do Fogo, neste primeiro mês do ano foram registrados 115 eventos de fogo. Em 2023, foram 28 registros.
Fonte: CNN Brasil