Wellington Carvalho é de Divinópolis e vive no estado americano há 10 anos. Na localidade, árvores são podadas e moradores ainda estão sem energia. Embora tenha enfraquecido, tormenta pode provocar ainda mais danos. Em Orlando, árvores são cortadas para evitar riscos de queda -após o furacão Ian
Wellington Carvalho/Divulgação
O jornalista de Divinópolis Wellington Carvalho, que mora em Orlando, voltou a conversar com o g1 nesta quinta-feira (29) após a passagem do furacão Ian pelo Estado da Flórida. O furacão acabou perdendo força e se transformou em uma tempestade tropical, mas, ainda assim, causou inúmeros estragos e deixou os moradores sem energia. Wellington contou qual a situação da cidade e quais as mobilizações ocorrem na localidade para que tudo volte ao normal.
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Pelo menos nove pessoas morreram durante a passagem do furacão Ian pela Flórida, nos Estados Unidos, segundo informações do governo do estado divulgadas nesta quinta-feira.
‘Situação semelhante a um toque de recolher’
Segundo Wellington, a cidade está sem energia desde a noite de quarta-feira (28); já são quase 20 horas sem fornecimento. A cidade paradisíaca tem movimento intenso de moradores e milhares de turistas, como ele relata. “Um cenário bem diferente do que nós estamos acostumados. No dia a dia, há intensa correria, e agora é bem diferente, um pouco assustador”, disse.
Nas ruas, há rastros do furacão por toda parte, principalmente em relação às ruas: várias estão alagadas. Além disso, inúmeras árvores foram derrubadas em decorrência dos fortes ventos e agora são podadas para que não ofereçam riscos aos moradores.
“De fato, nesse momento, existe uma situação semelhante a um toque de recolher, onde as pessoas estão dentro de casa. É recomendado não sair por causa do trânsito e outras situações como queda de árvores. A falta de energia elétrica afeta 80% da cidade, então há grande preocupação com relação a isso também”, disse.
Veja no vídeo abaixo o que tem ocorrido na localidade, conforme registro do jornalista:
Furacão Ian: jornalista de MG que mora na Flórida fala sobre estragos e toque de recolher
Ainda segundo o jornalista, os comércios de um modo geral estão todos fechados e a grande parte de supermercados também.
“Algumas lanchonetes com comidas rápidas abriram agora, mas não sei exatamente até que horário vão funcionar. Há uma mobilização geral do governo da cidade com reparos, várias equipes estão nas ruas verificando os riscos, controlando o trânsito, afinal os semáforos estão desligados”, destacou.
Sobre a procura por comida em supermercados ele disse que não há movimentação, pois as pessoas já haviam se preparado para os dias de isolamento.
“Não há esse movimento em busca nem de comida porque as pessoas já estavam se preparando para essa situação de passagem de um furacão, que graças a Deus perdeu força. A verdade é que, até passar esse momento, ainda estão todos com um pouco de medo. É hora de recolher, de ficar em casa”, disse.
Furacão Ian causa medo e insegurança na Flórida
Wellington Carvalho/Divulgação
Ian
O governador da Flórida, Ron DeSantis, afirmou que a intensidade do furacão provavelmente já passou do pico, mas que o estado ainda deve ser atingido e que haverá danos.
Moradores da costa do Golfo do México, na Flórida, fecharam casas e seguiram para áreas mais altas. A tormenta deve levar muita chuva e ventos fortes.
Moradores de oito regiões do estado receberam ordem para sair de locais vulneráveis: Charlotte, Hillsborough, Lee, Levy, Manatee, Pasco, Pinellas e Sarasota.
A Disney fechou na quarta-feira, e todos os parques do grupo na Flórida, por pelo menos dois dias.
A Baía de Tampa, que não era atingida por um furacão diretamente há 100 anos, e a cidade de Saint Petersburg eram os alvos mais prováveis para o primeiro impacto direto, segundo a primeira projeção. Porém, uma atualização das previsões projetava o Ian mais ao sul do estado.
No dia anterior, a tormenta atingiu Cuba, deixando a ilha inteira sem energia e duas pessoas mortas, além de vilarejos inundados. A tempestade devastou o extremo oeste da ilha com ventos e inundações.
Infográfico mostra projeção esperada para trajetória do furacão Ian
Arte g1
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