O duque de York é o terceiro filho de Elizabeth II. Informalmente, era tido como filho favorito da rainha. De acordo com os especialistas em monarquia, a rainha tirou os títulos militares dele por pressão de Charles III e do príncipe William. Príncipe Andrew em foto de 11 de abril de 2021
Steve Parsons/Pool via AP, Arquivo
Um porta-voz do príncipe Harry e de Meghan Markle confirmou nesta quinta-feira (2) que o rei Charles III enviou uma ordem de despejo para que o casal deixe o Frogmore Cottage, a única residência dos duques de Sussex no Reino Unido, segundo a rede britânica BBC.
Segundo o jornal “The Sun”, o rei pediu ao príncipe Andrew, seu irmão mais novo que atualmente vive em uma luxuosa propriedade real em Windsor, que se mudasse para Frogmore Cottage. A ideia do rei, diz a reportagem, é reduzir despesas da monarquia, sustentada por impostos.
Quem é Andrew
Andrew, o duque de York, é o terceiro filho de Elizabeth II. Ele tem 63 anos e foi acusado de ter cometido abuso sexual contra uma menor de idade (entenda mais abaixo). Por isso, no começo de 2022, a própria rainha retirou dele os títulos militares. Desde então, ele foi privado de qualquer cargo oficial e não pode usar o título de Alteza Real.
Informalmente, Andrew era tido como filho favorito da rainha. De acordo com especialistas em monarquia, ela tirou os títulos militares dele por pressão de Charles III e do príncipe William.
Ele tem duas filhas com Sarah Ferguson, de quem está divorciado: Beatrice (nascida em 1988) e Eugenie (nascida em 1990).
Acordo milionário em caso de abuso sexual
Príncipe Andrew perde títulos por acusação de abuso sexual
O príncipe Andrew foi afastado da vida pública do Reino Unido devido a um escândalo de abuso sexual. O título honorífico de duque de York lhe havia sido concedido pela cidade inglesa de York.
Aos 38 anos, a americana Virginia Giuffre afirmou que em 2001 que o príncipe Andrew abusou sexualmente dela, quando a mulher tinha 17 anos.
O advogado que representou o príncipe no caso disse, na época, que um acordo firmado em 2009 “libera Andrew e outros de qualquer suposta responsabilidade” e que “o príncipe nunca abusou sexualmente ou agrediu Giuffre”.
Virginia Giuffre, que diz ter sido traficada pelo criminoso sexual Jeffrey Epstein, durante entrevista coletiva do lado de fora de um tribunal de Manhattan, em Nova York, em 27 de agosto de 2019. Giuffre processou o príncipe Andrew em 9 de agosto de 2021 acusando-o de abuso sexualmente quando ela tinha 17 anos.
Bebeto Matthews/AP
O caso, na verdade, foi encerrado após um acordo extrajudicial cujas cifras não foram informadas. Segundo a imprensa britânica, Andrew havia prometido pagar US$ 16 milhões à mulher.
Andrew também teve seu nome associado a um escândalo relacionado à sua amizade com o empresário americano Jeffrey Epstein, um criminoso sexual condenado, e a uma acusação de agressão sexual.
Eventos reais
Durante o cortejo fúnebre da rainha Elizabeth II em Edimburgo, na Escócia, um homem da plateia se aproximou e gritou “Andrew, você é um velho doente!”.
Ele apareceu em público nas ruas de Edimburgo, atrás do caixão, caminhando em silêncio atrás do carro fúnebre. Na ocasião, ele era o único filho de Elizabeth II que caminhava como civil: o rei Charles III, a princesa Anne e o príncipe Edward vestiam uniformes militares de gala.
Príncipe Andrew vê homenagens à rainha deixadas do lado de fora do Castelo de Balmoral
REUTERS/Phil Noble
Em 2019, o duque de York deu uma entrevista à BBC para se explicar, mas não convenceu (ele questionou a autenticidade de uma fotografia sua com Giuffre).
Meses antes, durante a celebração do Jubileu de Prata de Elizabeth II, a rainha decidiu que apenas os membros ativos da realeza se reuniriam na varanda para a tradicional cerimônia.
“Após uma consideração cuidadosa, a rainha decidiu que a tradicional aparição da varanda colorida deste ano na quinta-feira, 2 de junho, será limitada a Sua Majestade e aos membros da família real que estão atualmente desempenhando funções públicas oficiais em nome da rainha”, disse uma fonte do Palácio de Buckingham ao jornal ‘The Guardian’.
Sem função no futuro
Andrew chegou a ser popular no Reino Unido por ter ido para a Guerra das Malvinas, em 1982, contra a Argentina, da qual participou como piloto de helicóptero.
Agora, Robert Hazell, especialista constitucional da University College London, acredita que dificilmente Andrew terá uma função na monarquia no futuro, assumindo apenas responsabilidades privadas mais modestas.
Por exemplo, Andrew e sua ex-esposa Sarah Ferguson, com quem continua compartilhando uma casa próxima ao Castelo de Windsor, adotaram os cães corgi de Elizabeth II, Muick e Sandy, após a morte da soberana.
O príncipe Andrew, terceiro filho da rainha Elizabeth II, em foto de junho de 2019
Toby Melville/Reuters
- Moradores de Camaçari Enfrentam Descaso no CRAS: Documentos Jogados e Falta de Atendimento
- Caetano denuncia compra de votos
- Debate para Prefeitura de Camaçari tem perguntas sobre corrupção, geração de emprego e segurança pública
- Camaçari pode ter segundo turno pela primeira vez; veja quem são os candidatos à prefeitura
- Seis são investigados por suspeita de receber R$ 16,5 milhões em propina para conceder licenças ambientais do Inema na Bahia
- Anúncio do pacote de gastos pode ser feito na segunda-feira, diz Haddad
- Veja o histórico da relação comercial entre Brasil e China, iniciada há 50 anos
- Governo fecha acordo com “Starlink da China” e busca concorrência no setor
- G20: Cúpula de líderes inicia nesta segunda (18); veja o que esperar
- Guerras, super-ricos e a sombra de Trump: o que emperra o acordo no G20 no Brasil
- Bolsonaro e o plano de golpe: o que se sabe sobre o indiciamento pela PF
- Fim de pensão para familiares de militares expulsos evita benefícios a eventuais condenados por trama golpista
- Bolsonaro estava pescando em Alagoas quando soube da operação da PF, dizem aliados
- Deputada do PSOL pede a Moraes prisão preventiva de Bolsonaro
- Mudanças no Portal da Transparência vão facilitar rastreio de emendas, diz AGU