Ato realizado no Senado Federal deve marcar um ano dos ataques que tornaram a Praça dos Três Poderes em campo de batalha
O secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, afirmou que o governo fará uma “festa da democracia” no dia 8 de janeiro próximo, em alusão a um evento planejado pelo Executivo para marcar um ano desde os atentados na Praça dos Três Poderes, protagonizados por bolsonaristas ainda no oitavo dia do terceiro mandato de Lula (PT).
“Posso afirmar que será um dia de celebração democrática”, disse Cappelli à CNN nesta quarta-feira (27). O secretário está comanda a pasta desde que Flávio Dino foi aprovado pelo Senado ao STF (Supremo Tribunal Federal).
“O presidente Lula tomou a iniciativa de fazer do dia oito um dia de festa. Será um evento realizado no Senado Federal, com a presença dos chefes dos poderes, governadores, ministros, deputados, senadores, membros do STF e representantes da sociedade civil”, disse.
O evento, diz o governo, tem o objetivo marcar a vitória da democracia contra a “tentativa fracassada de golpe de Estado”. Responsável pela segurança do evento, Cappelli deve apresentar até o dia 4 de janeiro um plano para evitar que o ato seja frustrado por novas tentativas ataques. De acordo com ele, até o momento não há “nada que indique risco de ameaça”.
“No que diz respeito à segurança, estamos tomando todas as providências cabíveis com o governo do Distrito Federal – constitucionalmente responsável pela segurança dos prédios públicos – e temos feito monitoramento de inteligência diariamente. Até o momento, não há nada que indique algo fora do normal. Mesmo assim, estamos, sim, monitorando possíveis manifestações, não só em Brasília, mas também nas demais capitais. É um trabalho que não termina”, disse.
Ameaças a Lula
Durante a entrevista concedida ao Bastidores CNN, Cappelli comentou ainda sobre o pedido de investigação contra perfis que ameaçaram o presidente Lula na última terça-feira (26).
Na rede X, um perfil identificado como André Luiz fez um comentário dizendo que era preciso “fazer uma vaquinha para pagar um mercenário com um rifle de alta precisão”, em alusão a um atentado contra o presidente da república.
“Chegou a mim um relatório contendo ameaças ao presidente e eu encaminhei à Polícia Federal. Todas as ameaças que chegam para nós através de relatórios de inteligência são encaminhadas. Às vezes damos publicidade maior a uns em detrimento de outros, mas todos são encaminhados. A gente não divulga tanto para evitar a promoção de crimes de ódio nas redes”, disse.
Fonte: CNN Brasil