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Ibovespa abre a semana em alta com exterior favorável

Ibovespa abre a semana em alta com exterior favorável

Na sexta-feira, a bolsa recuou 1,95%, a 112.072 pontos. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta segunda-feira (17), em meio ao clima favorável a ativos de risco no cenário externo.
Às 10h10, o Ibovespa subia 0,53%, a 112.663 pontos Veja mais cotações.
Petrobras tinha queda ao redor de 1%, apesar da alta do petróleo, depois que o Credit Suisse cortou a recomendação dos papéis da companhia para “neutra”, citando a volatilidade com a eleição.
No dia anterior, o Ibovespa recuou 1,95%, a 112.072 pontos. Com o resultado, encerrou a semana passada com queda de 3,70%. No mês, a alta é de 1,85% e, no ano, de 6,92%.
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No cenário local, o Banco Central divulgou que o Índice de Atividade Econômica, considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou retração de 1,13% em agosto na comparação com o mês anterior. Foi o maior tombo mensal desde março de 2021, quando foi registrada queda de 3,6%. O resultado negativo também interrompeu dois meses de expansão do indicador.
Ainda dentro dos dados econômicos, o mercado financeiro reduziu de 5,71% para 5,62% a estimativa de inflação para este ano – 16ª queda seguida da estimativa. Os economistas elevaram de 2,70% para 2,71% a previsão de alta do PIB em 2022. Já a projeção para o dólar para o fim de 2022 permaneceu estável em R$ 5,20, mesmo valor para 2023.
Analistas do Credit Suisse cortaram sua recomendação das ações da Petrobras para “neutral”, argumentando que preferem reduzir sua exposição em meio à volatilidade trazida pela corrida eleitoral. Em relatório, o banco afirma que, embora as ações da Petrobras venham tendo forte desempenho recentemente, a assimetria de curto prazo não se mostra mais favorável.
“Talvez as eleições possam até ser o catalisador que as ações estavam esperando. No entanto, de uma perspectiva de risco-retorno, preferimos ficar à margem e não temos medo de perder um possível rali”, escreveram os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero, destaca a Reuters.
Investidores acompanham ainda os desdobramentos eleitorais à medida que se acirra a disputa entre Bolsonaro e Lula para o segundo turno. No domingo, foi realizado o primeiro debate presidencial após o primeiro turno das eleições.
No cenário externo, investidores avaliam que o Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) precisará continuar firme no processo de aperto monetário para esfriar a economia norte-americana de forma a conter a inflação mais alta em décadas. O Fed já subiu sua taxa de juros em 3 pontos percentuais desde março deste ano.
Essa leitura vem após dados sobre a inflação nos Estados Unidos mostrarem que os preços subiram 8,2% no acumulado em 12 meses até setembro – indicando que a alta dos juros nos EUA deve continuar.
Quanto mais agressivo é o Fed no aumento dos juros, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente, conforme investidores redirecionam capital para o mercado de renda fixa dos EUA. Além disso, o aperto rígido do banco central tem levantado temores de recessão, o que vem elevando a demanda pela segurança da divisa norte-americana.
A China decidiu adiar, sem nova data, a publicação de seus dados do PIB para o terceiro trimestre, assim como de outros indicadores econômicos que deveriam ser divulgados esta semana, um dia depois de o Partido Comunista iniciar seu 20º Congresso.
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