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Ideb 2021: índice de Pernambuco tem queda nos anos iniciais e ensino médio, e sobe 0,1 ponto nos anos finais

Ideb 2021: índice de Pernambuco tem queda nos anos iniciais e ensino médio, e sobe 0,1 ponto nos anos finais


Segundo especialistas, números de 2021 são distorcidos, porque, de forma não intencional, acabam ‘mascarando’ verdadeiro retrato da educação brasileira na pandemia. Escola estadual em Pernambuco
Marlon Costa/Pernambuco Press
Os números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2021 foram divulgados nesta sexta-feira (16). Em Pernambuco, os números foram levemente diferentes dos de 2019, o levantamento anterior.
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Comparando-se os dois resultados, nos anos iniciais do ensino fundamental e no ensino médio, a nota do estado teve variação negativa de 0,1 ponto. Nos anos finais do ensino fundamental, houve variação positiva de 0,1, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O Ideb foi criado em 2007 e é uma espécie de termômetro usado para medir a qualidade do ensino público e privado no país. Segundo especialistas, os novos dados devem interpretados com muita cautela, para não levarem a conclusões enganosas.
São números distorcidos, explicam especialistas ouvidos pelo g1: foram colhidos em condições que acabaram “mascarando”, de forma não intencional, o verdadeiro retrato da educação brasileira na pandemia.
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Em 2021, os anos iniciais do ensino fundamental tiveram, no geral, nota 5,4 no estado, 0,1 ponto menor que os 5,5 de 2019. Isso engloba o período entre o 1º e o 5º ano. Essa nota é uma média entre o resultado da rede pública, em que a nota foi de 5,1; da privada, com 6,2; e da rede estadual, com 5,3.
Os anos finais, do 6º ao 9º ano, tiveram nota de 4,9, o que é 0,1 ponto maior que os 4,8 de 2019. Em 2021, as notas foram de 4,7 na rede pública; 5,8 na rede privada; e 4,8 na rede estadual de ensino.
No ensino médio, também houve queda de 0,1 ponto. A nota global foi de 4,4 nesse ano, e de 4,5 em 2019. Na rede privada, em 2021, a média foi de 5,7, enquanto na rede estadual, foi de 4,4.
Para ter um bom Ideb, é preciso ter baixas taxas de reprovação e de abandono de estudos, além de resultados satisfatórios no Saeb.
O Saeb é uma prova de português e de matemática feita a cada dois anos por alunos do 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e por estudantes do 3º ano do ensino médio. No caso do 9º ano, para uma amostra específica, houve também questões de ciências da natureza e ciências humanas.
Metas e projeções
O Ideb é divulgado a cada dois anos, em várias escalas: nacional (em cada etapa escolar), por rede (dos municípios e dos estados) e por escola. O Inep sempre define metas individuais e gerais, levando em conta o contexto de cada região.
As metas traçadas inicialmente para 2021 não serão consideradas, por causa da pandemia e de todos os fatores que alteraram (não intencionalmente) os cálculos.
Elas eram de 5,5 para anos iniciais, 4,7 para anos finais e de 4,9 para o ensino médio. Se fossem consideradas, somente os anos finais teriam sido satisfatórios.
O Ideb é calculado por meio de duas informações:
taxa de aprovação/fluxo escolar (a porcentagem de alunos que não repetiram de ano em uma escola ou rede de ensino);
notas do Saeb, uma prova de português e de matemática feita por alunos do 2º, 5º e 9º ano do ensino fundamental e por estudantes do 3º do ensino médio. No caso do 9º ano, para uma amostra específica, houve também questões de ciências da natureza e ciências humanas.
Só que, em 2021, esses dois “ingredientes” foram comprometidos, porque:
Parte das redes de ensino adotou a aprovação automática na pandemia (e terá, portanto, um Ideb artificialmente mais alto).
Pela primeira vez, também por causa da Covid-19, a porcentagem de alunos que fizeram a avaliação (Saeb) foi muito mais baixa em alguns estados, fornecendo dados estatisticamente pouco confiáveis. Comparações e rankings não serão fiéis à realidade.
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