Preços dos alimentos registraram alta sem precedentes nas últimas quatro décadas, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS). Big Ben, um dos monumentos mais famosos de Londres, no Reino Unido
Ben Stansall/AFP
A inflação no Reino Unido acelerou e atingiu o índice de 10,1% em setembro, em ritmo anual, contra 9,9% em agosto, estimulada pelos preços dos alimentos, que registrou uma alta sem precedentes nas últimas quatro décadas, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS).
Os números podem aumentar as dificuldades enfrentadas pelo governo da primeira-ministra Liz Truss, que luta para permanecer no cargo depois de apresentar um plano econômico que provocou nervosismo nos mercados e a obrigou a aceitar uma humilhante e drástica mudança de rumo.
De acordo com o ONS, a escalada dos preços no Reino Unido, a maior entre os países do G7, foi parcialmente amortecida pela queda dos preços dos combustíveis, das passagens aéreas e dos carros usados.
“Depois de uma leve queda no mês passado, a inflação voltou ao nível máximo registrado no início do verão” (hemisfério norte, inverno no Brasil), afirmou Darren Morgan, diretor de estatísticas econômicas do ONS.
Embora a inflação permaneça em uma “taxa historicamente alta, os custos enfrentados pelas empresas começam a desacelerar, com a queda em setembro dos preços do petróleo”, disse Morgan.
O novo ministro das Finanças, Jeremy Hunt, reagiu de maneira imediata com uma mensagem aos britânicos.
“Eu entendo que as famílias em todo o país estão enfrentando dificuldades com o aumento dos preços e as contas de energia mais altas”, afirmou em um comunicado.
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