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Kamala terá papel-chave na certificação da vitória de Trump no Capitólio; entenda

Kamala terá papel-chave na certificação da vitória de Trump no Capitólio; entenda

Por presidir o Senado, a vice-presidente irá comandar sessão conjunta que irá ratificar os 312 delegados conquistados pelo republicano no Colégio Eleitoral

O Capitólio dos Estados Unidos deve certificar, no dia 6 de janeiro, a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais e a atual vice-presidente Kamala Harris terá um papel-chave.

Nesta cerimônia, os congressistas vão ratificar os votos que cada candidato obteve no Colégio Eleitoral. Trump terminou a contagem eleitoral com 312 delegados contra 226 de Kamala.

Essa certificação acontece em uma sessão conjunta da Câmara e do Senado americanos – a última etapa antes da cerimônia de posse presidencial, que ocorre no dia 20 de janeiro.

Como nos EUA o vice-presidente acumula a presidência do Senado, será Kamala Harris, a candidata derrotada nas eleições, quem presidirá a confirmação da vitória de Trump.

Como funciona a certificação?
A contagem de votos do Colégio Eleitoral, uma exigência de acordo com o artigo 2º da Constituição dos EUA, normalmente é um processo formal, mas a atenção ao redor do evento mudou depois da invasão do Capitólio por apoiadores de Trump, em janeiro de 2021.

Seguindo o rito, o presidente do Senado abre os votos eleitorais de cada estado em ordem alfabética e os entrega para representantes da Câmara e Senado lerem em voz alta.

Após a leitura da certificação de cada estado, os congressistas podem se opor ao resultado.

O pedido é considerado oficialmente apenas se a objeção for feita por escrito e estiver assinada por, ao menos, um deputado e um senador.

Neste caso, a sessão conjunta seria suspensa e a Câmara e o Senado entrariam em sessões separadas para considerar o pedido. A objeção precisaria da aprovação da maioria simples das duas Casas.

Caso a objeção fosse aprovada, os votos eleitorais (delegados) do estado em questão seriam anulados. Isso nunca aconteceu na história dos Estados Unidos.

Em 2021, 147 legisladores republicanos votaram em objeções para anular a vitória de Biden no Arizona e na Pensilvânia, mas os pedidos foram rejeitados.

O papel de Kamala na certificação da vitória de Trump
O papel do vice-presidente na certificação do resultado eleitoral é amplamente considerado cerimonial e sem o poder para afetar o resultado.

Em 2021, a cerimônia foi presidida pelo então vice-presidente Mike Pence. Quando os apoiadores de Trump invadiram o Congresso, muitos deles gritavam para “enforcar Mike Pence”.

A invasão interrompeu a sessão por quase seis horas e os congressistas foram forçados a ficar confinados em segurança enquanto os manifestantes invadiam e depredavam o prédio histórico.

Pouco depois das 20h, no horário local, o Senado se reuniu novamente.

“Para aqueles que causaram estragos em nosso Capitólio hoje, vocês não venceram”, disse Pence enquanto a sessão era retomada.

“À medida que nos reunimos novamente nesta Câmara, o mundo testemunhará novamente a resiliência e a força de nossa democracia, mesmo após a violência e o vandalismo sem precedentes neste Capitólio”, completou.

Dessa vez, será Kamala Harris quem ocupará a cadeira da presidência do Senado nesta sessão. Ao final da contagem do Colégio Eleitoral, ela será encarregada de anunciar a vitória de Trump (e sua própria derrota).

Ela não será a primeira vice-presidente nessa situação desconfortável. Em 2001, o vice-presidente democrata Al Gore presidiu a contagem da eleição presidencial de 2000 na qual ele próprio foi derrotado pelo republicano George W. Bush. Gore rejeitou várias objeções democratas.

Em 2017, apesar da candidata democrata ter sido Hillary Clinton, foi o então vice-presidente Joe Biden que anunciou a vitória de Donald Trump, a quem ele derrotaria no pleito seguinte. Biden rejeitou objeções feitas por democratas.

A segurança após invasão do Capitólio

Por conta da invasão em janeiro de 2021, dessa vez a cerimônia de certificação do resultado da eleição foi classificada como um “evento nacional especial de segurança”.

A designação foi feita a pedido da prefeita de Washington, de acordo com o Serviço Secreto.

Essa medida é reservada para eventos significativos nos EUA – como o Super Bowl ou uma cúpula de chefes de Estado – onde é necessário um esquema de segurança em grande escala.

Isso inclui um nível elevado de agentes no solo, perímetros de segurança mais amplos e a implementação de tecnologia para detectar materiais que potencialmente podem ser usados para “armas de destruição em massa” (categoria de armamentos capazes de causar um número elevado de mortos numa única utilização).

O FBI também estará envolvido no monitoramento de quaisquer ameaças em torno do evento.

A Polícia do Capitólio vem planejando a certificação de 2025 desde a invasão do Capitólio, relatou uma fonte à CNN.

Mais de 140 policiais ficaram feridos e um morreu durante a revolta de 2021, de acordo com autoridades. Outras quatro pessoas morreram. Mais de 1.500 pessoas foram acusadas por crimes relacionados ao ataque.

Fonte: CNN Brasil

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