Presidente acusou os EUA de tentarem travar a economia global com medidas protecionistas
Durante reunião com senadores nesta quarta-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende promover um verdadeiro “apartheid americano” com o pacote de tarifas sobre produtos estrangeiros. Lula classificou o movimento como uma tentativa de “travar a economia mundial” e isolar economicamente os EUA em detrimento de países em desenvolvimento.
Segundo relatos de aliados presentes no encontro, Lula demonstrou preocupação com o impacto das novas tarifas sobre setores estratégicos do Brasil, como o aço e o agronegócio. Ele também teria criticado a postura “nacionalista e protecionista” adotada por Trump, sugerindo que essa política “fecha as portas do mundo” para o comércio justo.
“Isso é mais do que protecionismo, é segregação econômica. Eles querem escolher quem pode crescer e quem deve parar. É um apartheid comercial”, teria dito Lula, conforme interlocutores.
Trump anunciou tarifas de até 50% sobre produtos importados, com início escalonado a partir de 5 de abril. Em resposta, países como China e México já anunciaram medidas retaliatórias. A escalada preocupa líderes globais e pode afetar a estabilidade econômica internacional.
No Brasil, o governo monitora os desdobramentos e avalia medidas para proteger a indústria nacional. Lula reiterou que o Brasil defenderá o comércio multilateral e equilibrado: “Não vamos aceitar ser empurrados para o fundo da fila”.