Estudantes em pelo menos duas cidades iranianas fizeram protestos contra o uso obrigatório do véu. O país vive uma onda de manifestações após a morte de uma mulher de 22 anos que havia sido presa por não estar com o véu de acordo com as normas do regime. Estudantes iranianas expulsam autoridade em meio a protestos no país
No Irã, onde há uma onda de protestos contra a obrigatoriedade do uso do véu, alunas de escolas protestaram em seus colégios tirando a peça que cobre a cabeça e entoando canções contra os líderes religiosos do país —vídeos das manifestações das adolescentes foram publicados em redes sociais.
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Segundo a BBC, houve protestos dentro de escolas e também nas ruas de diversas cidades.
Na cidade de Karaj, as estudantes conseguiram fazer com que um dirigente de uma escola tivesse que sair do recinto. Um vídeo publicado em redes sociais na segunda-feira as mostra gritando “tenha vergonha”. Elas também jogam objetos no homem (aparentemente, garrafas de água), até que ele sai por um portão.
Um outro vídeo mostra alunas gritando “se não nos unirmos, eles vão nos matar uma a uma”.
Na cidade de Shiraz, alunas bloquearam o trânsito, tiraram o véu e gritaram “morte ao ditador” (uma referência ao aiatolá Ali Khamenei).
Em um texto publicado na agência Bloomberg e reproduzido pelo “Washington Post”, o analista Bobby Gosh afirma que os dirigentes do Irã enfrentam um formidável novo adversário: alunas. “Elas representam um novo tipo de desafio a um regime que, geralmente, lida com a dissidência empregando suas forças de segurança e liberando a tortura e o assassinato. Será que Khamenei tem coragem de colocar seus brutamontes contra crianças?”.
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WANA (West Asia News Agency) via REUTERS
A onda de manifestações no Irã
Uma onda de manifestações afeta o Irã desde a morte, em 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos que foi detida pela polícia da moral de Teerã por supostamente violar o rígido código de vestimenta que obriga as mulheres a usar o véu.
Pelo menos 92 manifestantes morreram até agora nas manifestações, segundo o grupo Iran Human Rights, com sede na Noruega, que está acompanhando o número de mortos apesar dos cortes de internet, os bloqueios do WhatsApp, Instagram e outros serviços on-line.
A Anistia Internacional confirmou 53 mortes depois que a agência de notícias iraniana Fars informou na semana passada que este número seria de “cerca de 60”.
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