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Moraes mantém prisão de bolsonarista que levou réplica da Constituição durante atos antidemocráticos

Moraes mantém prisão de bolsonarista que levou réplica da Constituição durante atos antidemocráticos

Marcelo Fernandes Lima está preso desde 25 de janeiro. Ministro seguiu parecer da Procuradoria-Geral da República, que alegou risco para as investigações.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido de liberdade e manteve a prisão do bolsonarista Marcelo Fernandes Lima, que levou a réplica da Constituição Federal de 1988 do STF durante invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

O ministro seguiu parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR). Lima foi preso em 25 de janeiro. Ele havia devolvido a réplica à PF no dia 12 daquele mês, quatro dias após os ataques na Praça dos Três Poderes, mas inicialmente foi liberado, após prestar depoimento.

Já a Procuradoria-Geral da República argumentou que a liberdade de Lima oferece risco às investigações.

“Em liberdade, Marcelo Fernandes Lima poderá encobrir os ilícitos e alterar a verdade sobre os fatos, sobretudo mediante coação a testemunhas e outros agentes envolvidos e ocultação de dados e documentos que revelem a sua ligação com terceiros. Sua constrição cautelar evitará condutas que busquem obstaculizar a apuração dos fatos”, escreveu a PGR.

A PGR afirmou ainda que as provas reunidas até agora mostram que o homem subtraiu a réplica da Constituição “ostentando-a publicamente aos demais manifestantes como um prêmio”.

Segundo Moraes, “como se vê, o investigado teve efetiva participação e exerceu grande influência sobre os demais envolvidos, com nítido comportamento característico dos crimes multitudinários, sobretudo para a tentativa infeliz de ação objetivando  ruptura do sistema democrático e os covardes ataques às Instituições Republicanas, conforme se depreende da análise dos vídeos apresentados pela Polícia Federal”.

O ministro afirmou que “os requisitos da prisão preventiva permanecem hígidos e sem qualquer alteração de fato novo que justificasse a sua revogação”.

“Portanto, as condutas sob análise são gravíssimas e ferem com incisividade os bens jurídicos tutelados, especialmente a preservação do Estado Democrático de Direito, sem que se verifique qualquer fato novo que possa macular os requisitos e fundamentos da decisão que decretou a prisão preventiva do investigado”, afirmou o ministro.

Roubo da réplica
A réplica foi levada por bolsonaristas que invadiram o Supremo Tribunal Federal (STF) durante os atos golpistas de 8 de janeiro. No mesmo dia, fotos do suspeito com o objeto nas mãos começaram a circular nas redes sociais.

Nas imagens, o golpista aparece com uma bandeira do Brasil na cabeça e uma camiseta que seria da Fetim, a Feira de Tecnologia do Inatel, de Santa Rita do Sapucaí (MG).

Quatro dias após os ataques, o designer Marcelo Fernandes Lima devolveu a réplica em uma delegacia da Polícia Federal, em Varginha (MG). Inicialmente, ele alegou que tinha encontrado o objeto em Brasília durante os atos golpistas e guardado para protegê-lo. Em seguida, foi liberado.

Já no fim de janeiro, Marcelo foi preso porque havia um mandado de prisão expedido contra ele pelo STF, após a devolução da réplica. Ele se apresentou à PF em Varginha, na companhia de um advogado.

Fonte: g1

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