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No quinto dia, protestos aumentam no Irã após morte de mulher detida pela polícia da moral

No quinto dia, protestos aumentam no Irã após morte de mulher detida pela polícia da moral


Mulheres estão cortando os cabelos em público e queimando véus vistos como obrigatórios pelo regime. Protestos tomam conta de ruas de Teerã, capital do Irã
Associated Press
Os protestos pela morte da jovem Mahsa Amini, após sua detenção pela polícia da moral e dos bons costumes, foram ampliados e registrados em 15 cidades do Irã, informa a imprensa estatal.
Na quinta noite de manifestações nas ruas, a polícia usou gás lacrimogêneo e efetuou detenções para dispersar grupos de até mil pessoas, segundo a agência estatal IRNA.
Os manifestantes bloquearam ruas, atiraram pedras contra as forças de segurança e incendiaram viaturas policiais e latas de lixo, enquanto gritavam frases contra o governo.
Mahsa Amini em imagem sem data
Reprodução/Via Reuters
A revolta popular começou quando as autoridades anunciaram na sexta-feira (16) a morte de Amini, de 22 anos, que havia sido detida pela polícia da moral, responsável por observar o cumprimento do rígido código de vestimenta para as mulheres.
Amini entrou em coma depois de sua detenção por usar o véu de maneira inapropriada, informou a imprensa.
Nas manifestações, muitas iranianas retiraram o véu como forma de protesto.
Protestos tomam conta das ruas de Teerã, no Irã
WANA (West Asia News Agency) via REUTERS
As manifestações aconteceram em Teerã e outras cidades, incluindo Mashhad (nordeste), Tabriz (noroeste), Rasht (norte), Isfahan (centro) e Shiraz (sul), informou a agência IRNA.
Ismail Zarei Koosha, governador do Curdistão, região natal de Amini e onde os protestos começaram, afirmou na terça-feira que três pessoas morreram nas manifestações na província, sem revelar a data.
A morte de Amini e a resposta aos protestos geraram críticas da ONU, Estados Unidos, França e outros países.
Nasser Kanani, porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores, condenou o que chamou de “posições intervencionistas estrangeiras”.
“É lamentável que alguns países tentem aproveitar um incidente que está sob investigação para promover suas metas políticas e desejos contra o governo e o povo do Irã”, disse Nasser.

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