Mais de 440 sepulturas foram encontradas em vala comum na cidade na semana passada. Tropas russas dominaram Izium, mas deixaram local após ‘reconquista’ da Ucrânia. Policiais trabalham na exumação de covas encontradas na região de Izium, na Ucrânia
REUTERS/Gleb Garanich
Mais de 440 sepulturas foram encontradas em uma floresta perto de Izium, no leste da Ucrânia. Alguns dos corpos estavam com as mãos amarradas. Outros mostravam sinais de terem sofrido violência.
Investigadores ucranianos começaram suas investigações na sexta-feira (16), e isto é o que se sabe até agora:
O que encontraram?
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, anunciou, na semana passada, a descoberta de uma “vala comum”, após a libertação da cidade de Izium. No mesmo local, também foram encontradas mais de 440 sepulturas que remontam a entre março e setembro de 2022.
De uma delas, os investigadores exumaram os corpos de pelo menos 17 soldados ucranianos. Uma cruz sobre o túmulo trazia a inscrição: “Exército ucraniano, 17 pessoas. Necrotério de Izium”.
As autoridades afirmam que existem mais de 440 sepulturas, porque o último número inscrito nas cruzes é 445, apurou a AFP.
Os números estão, em grande parte, inscritos em cruzes de madeira. Algumas delas também têm nomes e datas.
Cerca de cem corpos foram exumados desde domingo (18).
Torturados, ou mortos em combate?
Mapa mostra a localização da cidade de Izium, na Ucrânia
g1
As autoridades ucranianas suspeitam de que alguns dos mortos foram torturados pelas forças russas durante a ocupação da região nordeste de Kharkiv. Pelo menos dois dos cadáveres foram encontrados com as mãos atadas, observaram jornalistas da AFP.
Um deles “tinha as mãos amarradas, a mandíbula quebrada e duas facadas nas costas”, descreveu um membro da Procuradoria de Kharkiv, que pediu para não ser identificado.
Os restos mortais foram identificados como sendo de um combatente voluntário pró-ucraniano, acrescentou a mesma autoridade.
Também foram exumados corpos de civis mortos durante os combates de março pelo controle da cidade. Entre eles, estão três membros da família de Volodimir Kolesnik, mortos no bombardeio de seu imóvel em 9 de março. Sua tia, seu primo e a esposa de seu primo morreram e foram levados para o cemitério, relatou Kolesnik, morador de Izium, à AFP.
Em que fase está a investigação?
Agentes forenses cuidando de corpos em vala comum na cidade de Izium, na Ucrânia
SERGEY BOBOK / AFP
Uma dúzia de equipes de quatro pessoas (um promotor, um investigador, dois especialistas) conduziram investigações no domingo. Socorristas vestidos com macacões brancos ficaram encarregados das exumações em si.
O procurador de Kharkiv, Yevgen Sokolov, que lidera a investigação, disse não ter um número exato das pessoas que teriam sofrido mortes violentas.
“Faremos contas assim que terminarmos as exumações”, afirmou.
Segundo ele, dos corpos exumados até agora, “a maioria tem ferimentos por bombardeios e explosões”, enquanto outros apresentam “ferimentos por objetos cortantes e mostravam sinais de morte violenta”.
Sokolov disse que um combatente tinha “as mãos amarradas atrás das costas”, e outro foi encontrado com “uma corda em volta do pescoço e as extremidades quebradas”.
Ele estima que será necessária mais uma semana para exumar os demais corpos, se as condições meteorológicas permitirem.
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