O presidente do Senado havia sinalizado que pretendia adiar a sessão desta terça-feira (18)
Em texto encaminhado para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), senadores e deputados de oposição pedem que seja mantida a sessão do Congresso Nacional na qual seria feita a leitura do requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos criminosos de 8 de janeiro.
Pacheco já havia sinalizado que pretendia adiar a sessão desta terça-feira (18). Oficialmente, para justificar o adiamento, houve um pedido de deputados da base aliada para que a sessão fosse adiada sob o argumento de que a Comissão Mista de Orçamento analisasse o piso da enfermagem.
No texto feito pela oposição, os senadores ressaltam “que há acordo para o adiamento da votação da matéria relacionada ao piso da enfermagem”, e reafirmam “a imprescindibilidade da Sessão Conjunta para a deliberação das demais matérias em pauta e para a leitura do Requerimento de criação da CPMI de 8 de janeiro”.
Assinam o texto: senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado; deputado Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição na Câmara; senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), líder da minoria no Congresso Nacional; deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), líder da minoria na Câmara; senador Ciro Nogueira (PP-PI), líder da minoria no Senado; deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), líder do PL na Câmara; senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do PL no Senado; senador Wellington Fagundes (PL-MT), líder do Bloco Vanguarda no Senado; senadora Tereza Cristina (PP-MS), líder do PP no Senado; senador Izalci Lucas (PSDB-DF), líder do PSDB no Senado; deputada Adriana Ventura (Novo-SP), representante do Novo na Câmara; senador Eduardo Girão (Novo-CE), líder do Novo no Senado; senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), vice-líder do Republicanos no Senado.
Além da CPMI, também estava prevista para esta tarde a votação de uma série de projetos de lei do Congresso Nacional (PLNs) e vetos presidenciais tanto do governo de Jair Bolsonaro (PL) quanto de Lula (PT), que costumam travar a pauta.
Aliados previam que a sessão desta terça seria inócua, e teria como único resultado concreto a leitura de um requerimento para instalar uma CPMI que desagrada o governo federal, no mesmo dia em que o novo marco fiscal deve ser encaminhado ao Congresso.
Até sexta-feira (14), o pedido da CPMI articulado pela oposição tinha mais que o número mínimo de assinaturas necessárias para sua instalação. Havia 193 deputados e 37 senadores assinando, sendo necessários apenas 171 deputados e 27 senadores.
Como o governo não conseguiu retirar assinaturas o suficiente, Pacheco seria obrigado a fazer a leitura na sessão desta terça.
Fonte: CNN Brasil