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Pacheco quer retirar grades de proteção do Congresso um ano após atos de 8 de janeiro

Pacheco quer retirar grades de proteção do Congresso um ano após atos de 8 de janeiro

Grades de proteção em volta do Congresso foram instaladas após atos de 8 de janeiro; determinação pode vir em cerimônia para marcar data

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta sexta-feira (22) que deve determinar a retirada das grades de proteção colocadas em volta do Congresso após os atos criminosos de 8 de janeiro.

Lula quer fazer um grande evento na data que marca um ano da invasão das sedes dos Três Poderes, com a presença das principais autoridades da República. O objetivo do ato simbólico no Legislativo é evitar que o caso seja esquecido.

“Fui devidamente intimado pelo presidente da República. Ele me falou ‘Pacheco, estou pensando em fazer um evento do 8 de janeiro. Passou um ano, a gente precisa não deixar esquecer isso’”, contou o senador, durante café da manhã com jornalistas na residência oficial do Senado.

Pacheco respondeu a Lula que concordava com a ideia, mas não estaria em Brasília no dia 8 de janeiro porque faria uma viagem com o irmão. “Ele (Lula) não gostou. Passou um tempo, o Flávio Dino me ligou”, relatou o presidente do Senado. O ministro da Justiça e Segurança Pública telefonou para combinar com o senador a organização do evento.

Pacheco, então, disse a Dino que organizaria o ato, mas voltou a afirmar que não poderia estar presente. Depois disso, Lula ligou para o presidente do Senado e insistiu para que ele fosse a Brasília no 8 de janeiro. “Pacheco, liga lá para o seu irmão e fala que você vai no dia 9”, propôs o petista ao senador. O presidente do Senado, então, concordou em participar do evento.

O parlamentar disse que Lula voltou ao assunto durante a posse do novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e em outras ocasiões e que cobrou também a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.

“Na promulgação (da reforma tributária), ele (Lula) olhou para mim e falou ‘você vai estar aí no dia 8, né?’”, relatou também Pacheco. O senador pretende retirar as grades do Congresso, mas disse temer manifestações no 8 de janeiro caso a proteção seja removida no dia 7, como já sugerido a ele.

Divergências com Lira
No café com jornalistas, além de relatar telefonemas e conversas com Lula, Pacheco fez brincadeiras sobre sua relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por vezes conturbada. “Esse é o cachorro do Arthur Lira”, afirmou, ao ouvir latidos do animal de estimação do deputado. A fala provocou risadas. “É o cachorro de propriedade dele”, corrigiu.

Os dois parlamentares são vizinhos em Brasília. As residências oficiais da Câmara e do Senado ficam no bairro Lago Sul da capital federal.

No começo do ano, Pacheco e Lira protagonizaram embates sobre o rito de tramitação das Medidas Provisórias (MP) editadas pelo governo. “Não pode haver uma cumplicidade absoluta entre os presidentes das Casas, isso diminui o parlamento”, disse o senador, ao minimizar as divergências. Na promulgação da reforma tributária, ambos trocaram elogios.

Fonte: CNN Brasil

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