Tela Noticias

Papa Francisco pede reforma da ONU em novo livro


Em trechos da publicação, divulgados neste domingo pelo jornal italiano ‘La Stampa’, pontífice diz que organização “demonstrou seus limites” com pandemia e guerra da Ucrânia. Papa Francisco durante audiência semanal em 12 de outubro de 2022
Guglielmo Mangiapane/REUTERS
O Papa Francisco defende uma reforma da Organização das Nações Unidas (ONU), que, para ele, “demostrou seus limites” diante da pandemia e da guerra na Ucrânia.
As declarações estão em um novo livro segundo trechos de um novo livro do pontífice, publicados pelo jornal italiano La Stampa neste domingo (16).
Intitulado “Peço-vos em nome de Deus. Dez orações para um futuro de esperança”, o livro será publicado na próxima terça-feira (18), na Itália.
“Quando falamos de paz e segurança em nível mundial, a primeira organização em que pensamos é a ONU e, em particular, seu Conselho de Segurança”, afirma o pontífice argentino em seu novo livro. “A guerra na Ucrânia destacou mais uma vez a necessidade da atual estrutura multilateral de encontrar formas mais ágeis e eficazes de resolver conflitos”, avalia Francisco.
“Em tempos de guerra, é fundamental afirmar que precisamos de mais multilateralismo, e um multilateralismo melhor”, acrescenta o Papa.
‘Mundo não é mais o mesmo’
Segundo os trechos publicados pelo “La Stampa”, o Papa acredita que “o mundo de hoje não é mais o mesmo” de logo após a Segunda Guerra Mundial, e as instituições internacionais devem ser “fruto do maior consenso possível”.
“A necessidade dessas reformas ficou ainda mais evidente após a pandemia, quando o atual sistema multilateral demonstrou todos os seus limites. Com a distribuição de vacinas, tivemos um exemplo claro de que às vezes a lei do mais forte pesa mais que a solidariedade”, lamenta Francisco.
Por isso, o pontífice pede “reformas orgânicas, para que as organizações internacionais recuperem sua vocação primordial de servir a família humana”.
No novo livro, Francisco também diz ser defensor da “segurança integral”, que consiste em garantir todos os direitos – econômicos, sociais, alimentares, de saúde -, e que deve ser a bússola que norteia as decisões das instituições internacionais.
O Vaticano não comentou a reprodução dos trechos do novo livro do papa.
LEIA MAIS:
Em meio a ameaças de guerra nuclear, papa Francisco pede que mundo ‘aprenda com a História’
Deus não apoia guerras, diz papa Francisco após encontro com número 2 da igreja ortodoxa russa

administrator

Related Articles

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *