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Para governo Lula, Bolsonaro tenta usar pauta da anistia em benefício próprio

Para governo Lula, Bolsonaro tenta usar pauta da anistia em benefício próprio

Governo vê ato da direita como tentativa de intimidar Alexandre de Moraes

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encarou o ato deste sábado (7) na Avenida Paulista, organizado pela direita, como uma tentativa de intimidação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e uma forma de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fortalecer uma pauta — a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro — em benefício próprio.

Para auxiliares de Lula, o ato teria mais fracassado do que sido bem-sucedido — pela suposta falta de pautas, não pela quantidade de pessoas.

A crítica foi elaborada durante almoço no Palácio da Alvorada, em Brasília, após o desfile de Sete de Setembro.

Lula recebeu convidados, entre ministros da Esplanada e do Supremo, para um churrasco na residência oficial da Presidência da República. Segundo um dos presentes, foi uma “resenha de sábado pós-desfile”.

Para um dos ministros mais próximos do presidente, Bolsonaro teria ficado refém do discurso da “extrema-direita”, enquanto Lula mostrou no desfile pautas importantes como o G20, a reconstrução do Rio Grande do Sul, além de ter demostrado a “harmonia” do governo e uma relação institucional com os demais Poderes.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), os presidentes do Supremo, Luís Roberto Barroso, e do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-AL), também assistiram ao desfile.

O núcleo político do governo afirma que a pauta da mobilização na Paulista foi vazia e direcionada para proveito próprio de Bolsonaro. O evento, que inicialmente foi organizado para protestar contra o bloqueio do X, teve discursos um a favor da anistia para os condenados pelos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023.

Ministros de Lula avaliam que, com a anistia, o próprio ex-presidente se beneficiaria da decisão e não seria julgado no âmbito do inquérito que trata do assunto.

Fontes também afirmam que, ao criticar incisivamente Alexandre de Moraes, Bolsonaro teria como objetivo intimidar o ministro e tentar paralisar os processos que responde no Supremo — aumentando o custo político de uma eventual decisão contra ele.

A pauta que prevê a anistia está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara, que é presidida pela deputada Caroline de Toni (PL), aliada do ex-presidente.

Fonte: CNN Brasil

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