Entenda as diferentes finalidades de cada uma e não erre na hora de investir. Inteligência Financeira
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Quando pensamos em finanças pessoais, entender os conceitos de poupar e investir é fundamental para orientar nossas decisões. Enquanto poupar tem a ver com guardar dinheiro (com rendimentos reais, importante lembrar) para ser usado como reserva de emergência ou aposentadoria, investir é aumentar o patrimônio com produtos rentáveis, sempre na medida do apetite de risco de cada um. Embora a teoria seja simples de ser explicada, na prática pode ser que as dúvidas apareçam.
Por isso, convidamos Gilvan Bueno, gerente educacional da Órama Investimentos, para explicar um pouco melhor esse assunto e dar dicas para, na prática, fazer a coisa certa.
1. Como podemos definir os conceitos de poupar e investir?
Poupar significa economizar. E isso implica mudar o comportamento imediatista de receber um dinheiro para gastá-lo em seguida. Para conseguir poupar é necessário planejar as despesas para que elas sejam inferiores à renda obtida e, desta forma, possa sobrar alguma quantia. A partir desse entendimento, fica claro que investir significa fazer o dinheiro economizado render. É a atitude seguinte após conseguir poupar. O valor que foi poupado será aplicado de forma que ele irá se multiplicar.
2. Qual é a finalidade de cada um?
Quando poupamos, a finalidade é acumular valores financeiros no presente para serem utilizados no futuro. E a razão para poupar é estar preparado para situações inesperadas, aposentadoria e realização de sonhos.
Já a finalidade do investimento é ser uma aplicação dos recursos que poupamos, com a expectativa de acelerar a realização dos nossos objetivos financeiros por meio da remuneração por essa aplicação.
3. Por que essa distinção precisa ser muito clara na vida financeira?
É importante porque os recursos financeiros para poupar remetem a criação de uma reserva financeira, a famosa reserva de emergência. E se não tivermos esse entendimento, podemos investir recursos preciosos para uma necessidade inesperada que poderá estar presa numa aplicação financeira.
4. Com quanto dinheiro é possível começar?
Com a democratização do acesso aos produtos de investimento, é possível com praticamente qualquer valor. Os títulos públicos do tesouro direto, por exemplo, são acessíveis com apenas R$ 30. Mas é importante ter uma meta, um objetivo, porque isso nos engaja a alcançá-lo.
5. Para investir, é necessário identificar e respeitar o perfil de investidor?
É sabido que todo investidor terá que aceitar riscos para uma expectativa de rentabilidade e, logo em seguida, aceitar um prazo para rentabilização do seu patrimônio, que é conhecido como liquidez. A combinação dessas características determina o perfil do investidor, que pode ser conservador, moderado ou arrojado (agressivo). Este conhecimento é importante para evitar uma desvalorização do patrimônio investindo em produtos que estão fora do seu perfil.
6. Quais são as estratégias para aumentar o capital por meio da poupança?
Começar a entender os custos fixos e variáveis, criando um controle dos gastos e, dessa forma, gastar menos do que ganha.
7. E a ser investido?
Considerando o objetivo de criar uma reserva de emergência, o importante é acumular o saldo dos custos fixos num prazo de seis a doze meses. Vou dar um exemplo: se o custo fixo mensal é R$ 2 mil, o objetivo é conseguir R$ 12 mil para a reserva de emergência. E após, os valores investidos poderão visar a um prazo maior de investimento.
8. Que dicas você daria para ajudar as pessoas a tornarem a poupança e o investimento um hábito?
Transformar sonhos e objetivos de realização pessoal em objetivos financeiros. Essa é uma excelente forma de se engajar e manter a disciplina.
9. Quando as estratégias mudam, os valores poupados e investidos podem ser realocados?
Caso essa estratégia esteja relacionada a mais risco nos ativos (entenda-se volatilidade), será preciso reavaliar os valores investidos, para adequar o risco à rentabilidade. E em relação aos valores poupados, eles sempre estarão ao lado da reserva de emergência. Ou seja, se o custo fixo aumentar, os valores poupados também precisarão ser ajustados.
10. Quais são os pontos de atenção na hora de poupar e investir?
É preciso poupar com produtos de investimento que remunerem o patrimônio com pelo menos a taxa de inflação, para não perder o poder de compra. Também não é recomendável manter o dinheiro parado em uma conta corrente que não gera rentabilidade real. É importante ainda dar atenção à volatilidade dos produtos escolhidos, porque alto rendimento está atrelado ao alto risco. Finalmente, ter em mente que escolher produtos com rendimento alto num horizonte de curto prazo é um grande risco.
11. Para você, inteligência financeira é…
Tomar decisões adequadas com dinheiro para garantir a segurança financeira durante a vida.
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