Liz Truss, que substituiu Boris Johnson no comando do país há apenas um mês e meio, sofre forte pressão para deixar o governo após perder confiança de seu partido por conta de um polêmico plano econômico. A proposta previa um amplo corte de impostos para tentar tirar a economia do país da crise. A primeira-ministra britânica, Liz Truss, deixa Downing Street, a sede do governo, em Londres, em 20 de outubro de 2022.
Toby Melville/ Reuters
Sob forte pressão de seu próprio partido para renunciar, a primeira-ministra britânica, Liz Truss, convocou nesta quinta-feira (20) o presidente do comitê de seu partido responsável por convocar novas eleições internas.
Caso Truss renuncie, o Partido Conservador, que é quem está no comando do país, pode escolher um novo líder. Foi através de eleições internas que Truss substituiu, em 5 de setembro, o ex-premiê Boris Johnson.
Nesta manhã, a premiê convocou Graham Brady, o diretor do Comitê de 1922, grupo do Partido Conservador responsável pelas eleições internas da sigla – em regimes parlamentares, é o partido vencedor das eleições que indica o primeiro-ministro do país.
Mesmo há pouco tempo no poder, Liz Truss já vem sofrendo forte pressão para renunciar por conta de um polêmico plano econômico que gerou revolta no mercado e dentro de seu próprio partido.
O plano previa um corte amplo e severo de impostos no país e, em paralelo, um empréstimo bilionário para cobrir o rombo nas contas públicas. A proposta foi muito mal recebida dentro de seu próprio governo e pelo mercado, em um momento no qual a inflação do Reino Unido ultrapassou os 10% – a maior nos últimos 40 anos.
Na última semana, a nova líder perdeu dois ministros: o de Finanças, responsável pelo polêmico plano, e a do Interior, Suella Braverman, que renunciou na quarta-feira (19).
A saída de Braverman, considerada a mais linha dura do governo de Truss, acelerou e aprofundou a crise. E o novo ministro da Finanças decidiu refazer por completo o plano econômico.
Ao longo da semana, a fila de parlamentares e membros do próprio partido de Truss, o Partido Conservador, que pedem a saída da atual líder, aumentou. Segundo a imprensa britânica, metade dos membros da sigla apoiam a renúncia.
“A primeira-ministra perdeu o controle do governo e a confiança dos parlamentares conservadores. Para o bem do país, ela precisa se demitir”, declarou o deputado Steve Double, do próprio partido de Truss.
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