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Tempestade Fiona atinge costa leste do Canadá e deixa 500 mil casas sem luz

Tempestade Fiona atinge costa leste do Canadá e deixa 500 mil casas sem luz


Barco virado sobre praia na cidade de Nova Escócia, no Canadá
Eric Martyn/REUTERS
A potente tempestade Fiona atingiu, neste sábado (24), a costa atlântica do Canadá, deixando mais de 500.000 casas sem luz e causando fortes chuvas e ventos.
Embora não seja mais um furacão, Fiona ainda tinha ventos de 137 quilômetros por hora, tendo tocado o continente como furacão de categoria 1 nesta madrugada, após castigar o Caribe, informaram meteorologistas.
A operadora Nova Scotia Power, que abastece a província de Nova Escócia, impactada por Fiona, relatou mais de 400.000 clientes sem energia por volta das 10h50 (horário de Brasília).
Imagem de satélite mostra a localização do furacão Fiona sobre o Oceano Atlântico na noite do dia 22 de setembro de 2022
NOAA via AP
Nas outras duas províncias mais afetadas, a ilha de Príncipe Eduardo e New Brunswick, as operadoras reportaram 82.000 e 44.000 residências sem energia, respectivamente.
Em seu último boletim, às 8h45 (horário de Brasília), o Centro Canadense de furacões (CHC, na sigla em inglês) mencionou ventos de mais de 130 km/h na Nova Escócia e observou que Fiona se movia a uma velocidade de 55 km/h no sentido norte-nordeste.
“Grandes ondas atingiram a costa leste da Nova Escócia e o sudoeste de Terra Nova; podem passar de 12 metros”, acrescentou o órgão.
Residente de Nova Escócia, no Canadá, voltam para as ruas depois de passagem da tempestade Fiona
Ingrid Bulmer/REUTERS
Às 10h (horário de Brasília), o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês) divulgou que o furacão estava sobre o Golfo de São Lourenço.
“Nunca vimos condições climáticas como essa”, tuitou a polícia de Charlottetown, na Ilha do Príncipe Eduardo.
“É inacreditável. Não tem eletricidade, não tem wifi, não tem rede”, confirmou o prefeito da cidade, Philip Brown, em entrevista ao canal público Rádio-Canadá.
“Muitas árvores caíram, há muitas inundações nas estradas”, acrescentou.
Alagamento atinge região de Burnt Islands, cidade do Canadá
Reprodução/ Michael King / via AFP
As autoridades da Nova Escócia emitiram um alerta de emergência, anunciando possíveis cortes de energia e aconselhando a população a ficar em casa com mantimentos suficientes para durarem pelo menos 72 horas.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que a tempestade pode “ter um impacto significativo em toda região” e pediu a todos que “tomem as precauções adequadas”.
Em Halifax, capital da Nova Escócia, os moradores compraram cilindros de gás propano para acampamento, esgotando os estoques das lojas.
“Nada grave” nas Bermudas
Imagem de satélite mostra a localização do furacão Fiona sobre o Oceano Atlântico na noite do dia 22 de setembro de 2022
Arte g1 e NOAA via AP
Na sexta-feira (23), Fiona passou, como furacão de categoria 4 (da escala que vai até 5 de Saffir-Simpson), a cerca de 160 quilômetros a oeste das Bermudas, depois de deixar um rastro de destruição no Caribe. Com rajadas de até 160 km/h e fortes chuvas sobre este território britânico de 64.000 habitantes, Fiona não deixou vítimas, nem danos graves.
De acordo com a operadora de energia Belco, 15.000 de 36.000 lares ficaram sem energia ontem à tarde. Em muitas áreas, acrescenta a empresa, a luz foi restabelecida rapidamente.
Moradores publicaram nas redes sociais fotos de linhas de transmissão de energia derrubadas e algumas inundações.
Moradores das Bermudas observam fortes ventos antes da chegada do furacão Fiona
REUTERS/Nicola Muirhead
Fiona matou quatro pessoas em Porto Rico no início desta semana, segundo a imprensa americana, enquanto uma morte foi relatada no departamento ultramarino francês de Guadalupe, e duas, na República Dominicana.
Em Porto Rico, que ainda tenta se recuperar da devastação causada pelo furacão María, há cinco anos, o presidente dos EUA, Joe Biden, declarou estado de emergência. Além disso, a Fema, a agência federal para gestão de desastres dos Estados Unidos, planeja enviar mais centenas de membros de seu pessoal para a ilha, que sofreu apagões, deslizamentos de terra e inundações.
Na República Dominicana, o presidente Luis Abinader declarou estado de desastre natural em três províncias do leste do território.

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