A Fifa, a entidade máxima do futebol, sugeriu em um pronunciamento do presidente Gianni Infantino que as 32 seleções participantes ‘se concentrem no futebol’ e pediu às equipes que não ‘dessem mais lições de moral’. Equipe alemã desembarca no Catar: o técnico Hansi Flick, Manuel Neuer e Nico Schlotterbeck
Kai Pfaffenbach/Reuters
A Alemanha está “pronta para pagar as multas” por seus posicionamentos a favor dos direitos humanos durante a Copa do Mundo, disse Bernd Neuendorf, o presidente da Associação Alemã de Futebol (DFB), nesta sexta-feira (18).
A preparação para o torneio, que começa no domingo (20), foi tomada pela preocupação em respeito aos direitos dos trabalhadores, das mulheres e da comunidade LGBTQIA no emirado.
Manuel Neuer, goleiro e capitão da equipe alemã, juntamente com capitães de outras seleções europeias, se comprometeu a utilizar a braçadeira “One Love”, que celebra a diversidade e inclusão.
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O gesto “não é político, tem um valor de compromisso a favor dos direitos humanos. Não descartamos realizar outras ações”, disse Neuendorf em resposta às declarações da Fifa sobre o assunto.
“Dizer que não deveríamos nos concentrar nos direitos humanos durante a Copa do Mundo realmente me irritou”, afirmou o dirigente.
A Fifa, a entidade máxima do futebol, sugeriu em um pronunciamento do presidente Gianni Infantino que as 32 seleções participantes “se concentrem no futebol” e pediu às equipes que não “dessem mais lições de moral”.
Recentemente, a Fifa proibiu a Dinamarca de treinar com camisas em apoio aos direitos humanos.
Neuendorf afirmou que a Federação Alemã não apoia a candidatura do dirigente à reeleição na presidência da entidade, em votação que acontece em março de 2023. No cargo desde 2016, o dirigente é o único candidato ao posto.
A Alemanha, tetracampeã em Copas do Mundo, faz sua estreia no torneio no dia 23 de novembro, contra o Japão.
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